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Lava Jato

Preso, Marcelo Odebrecht silencia sobre Operação Acarajé

O presidente afastado da empreiteira Odebrecht foi questionado sobre documentos apreendidos

24 fev 2016 - 16h39
(atualizado às 16h41)
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Em depoimento prestado ontem (23), na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, o presidente afastado da empreiteira Odebrecht, Marcelo Odebrecht, deixou de responder perguntas dos delegados da Polícia Federal sobre as investigações da Operação Acarajé, deflagrada na segunda-feira(22).

Marcelo Odebrecht, presidente da holding que administra a empreiteira Odebrecht, durante depoimento na CPI da Petrobras em Curitiba (PR)
Marcelo Odebrecht, presidente da holding que administra a empreiteira Odebrecht, durante depoimento na CPI da Petrobras em Curitiba (PR)
Foto: Rodrigo Félix Leal / Futura Press

Marcelo seguiu orientação da defesa e disse que não desejava ficar em silêncio, mas “não estava preparado para responder neste momento”, por estar atuando em sua defesa na ação penal que responde por outros fatos da Lava Jato.

No depoimento, Marcelo Odebrecht foi questionado sobre anotações e planilhas apreendidas pela Polícia Federal. Os delegados perguntaram ao presidente afastado da empreiteira o significado dos termos “Feira”, “Evento El Salvador via Feira”, “Prédio IL” e sobre as atividades da empresa offshore Kleinfeld, suspeita de fazer pagamentos no exterior para o publicitário João Santana.

Transferência

De acordo com as investigações da 23ª fase da Lava Jato, conhecida como Acarajé, Feira seria o apelido de Santana, e IL referência às iniciais do Instituto Lula.

Após a deflagração da operação, Marcelo Odebrecht foi transferido do Complexo-Médico Penal, localizado na região metropolitana de Curitiba, para a Superintendência da PF, a fim de prestar esclarecimentos sobre sua suposta participação no pagamento de recursos a João Santana.

A defesa informou que necessita ter acesso às investigações da 23ª fase da operação para que Marcelo Odebrecht possa prestar novo depoimento. Os advogados pediram ao juiz federal Sérgio Moro que ele volte para o presídio.

Eles alegam que a defesa do presidente afastado da empreiteira está sendo ilegalmente cerceada, porque as instalações da PF não permitem que os advogados possam conversar reservadamente com o investigado.

Agência Brasil Agência Brasil
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