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Lava Jato

MP pede abertura de inquérito contra Aécio e mais 2

2 mai 2016 - 14h41
(atualizado às 14h58)
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Foto: Getty Images

A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) autorização para investigar o senador Aécio Neves (PSDB-MG), o deputado Marco Maia (PT-RS) e o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rêgo com base em denúncias feitas pelo senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS) em delação premiada, informou a PGR nesta segunda-feira.

O pedido de investigação feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra Aécio envolve acusação de recebimento de propina relativa à estatal de energia Furnas, enquanto as denúncias contra Maia e o ex-deputado Vital do Rêgo dizem respeito à CPMI da Petrobras em 2014, de acordo com a PGR.

Delcídio, ex-líder do governo no Senado que foi preso em novembro do ano passado acusado de tentar obstruir as investigações da operação Lava Jato, disse em sua delação premiada que Marco Maia, seu ex-colega no PT, e o ex-deputado do PMDB Vital do Rêgo, que foi presidente da CPMI, cobravam propina para barrar investigações contra empreiteiros envolvidos na Lava Jato.

Sobre Aécio, que é presidente nacional do PSDB, Delcídio afirmou que o senador era um dos políticos beneficiados de um esquema de corrupção em Furnas semelhante ao descoberto na Petrobras. Quando a delação de Delcídio foi divulgada pelo STF, a assessoria de imprensa de Aécio negou a acusação.

Procurado pela Reuters, o TCU não tinha comentários de imediato nesta segunda-feira sobre a investigação envolvendo o ministro Vital do Rêgo. O deputado Marco Maia não foi localizado de imediato para comentar.

Delcídio foi preso no ano passado acusado de tentar obstruir os trabalhos da Lava Jato após ser flagrado em uma gravação oferecendo dinheiro, influência junto ao Judiciário e até uma rota de fuga para favorecer o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró em troca do silêncio dele na Lava Jato.

O parlamentar foi solto em fevereiro e fechou acordo de delação premiada com os procuradores da Lava Jato, em que fez acusações a vários políticos, entre eles a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de Aécio Neves e outros nomes.

Veja na íntegra nota da equipe do senador Aécio Neves:

"O senador Aécio Neves considera absolutamente natural e necessário que as investigações sejam feitas, pois elas irão demonstrar, como já ocorreu outras vezes, a correção da sua conduta.

Quando uma delação é homologada pelo Supremo Tribunal Federal, como ocorreu com a delação do senador Delcídio Amaral, é natural que seja feita a devida investigação sobre as declarações dadas.

Por isso, na época, o senador defendeu publicamente que fossem abertas investigações sobre as citações feitas ao seu nome.

Como o próprio senador Delcídio declarou recentemente, as citações que fez ao nome do senador Aécio foram todas por ouvir dizer, não existindo nenhuma prova ou indício de qualquer irregularidade que tivesse sido cometida por ele.

Trata-se de temas antigos, que já foram objetos de investigações anteriores, quando foram arquivados, ou de temas que não guardam nenhuma relação com o senador.

O senador Aécio Neves reitera o seu apoio à operação Lava Jato, página decisiva da história do país, e tem convicção de que as investigações deixarão clara a falsidade das citações feitas".

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