PF indicia Vaccari por corrupção e associação criminosa
O ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, foi indiciado criminalmente pela Polícia Federal (PF) de Curitiba por corrupção e associação criminosa, no âmbito da Operação Lava Jato. Também são alvos do inquérito mais cinco pessoas, incluindo o lobista Mario Góes e dois ex-executivos da Petrobras, Pedro Barusco e Renato Duque.
O indiciamento foi motivado por investigações que envolvem a empresa Carioca Engenharia, que teria pago propinas para garantir contratos em obras com a Petrobras. A PF afirma que Vaccari atuou como intermediário do PT para exigir e receber vantagem indevida da Carioca.
O inquérito foi recebido pela 13ª Vara Federal de Curitiba e está registrado sob sigilo no sistema processual eletrônico.
Vaccari já foi condenado em três ações penais a 31 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele foi preso no dia 15 de abril do ano passado, quando foi deflagrada a 12ª fase da Lava Jato.
Defesa
O advogado Luiz Flávio Borges D'Urso, que defende João Vaccari Neto, disse, em nota, que "o indiciamento se deu com base em delação premiada de sócios da Carioca Engenharia. Mais uma vez, reitera-se que não procedem as acusações contra o Sr. João Vaccari e que delação premiada não é prova, sendo que tais provas inexistem, pois o alegado não é verdadeiro".
A empresa Carioca Engenharia afirmou, por meio da assessoria, que não vai se manifestar sobre o assunto.