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Lava Jato

Ex-ministro Guido Mantega é preso em nova fase da Lava Jato

22 set 2016 - 07h56
(atualizado às 08h24)
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Ex-ministro da Fazenda Guido Mantega
Ex-ministro da Fazenda Guido Mantega
Foto: Agência Brasil

O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, que atuou nos governos de Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, foi preso na manhã desta quinta-feira (22) na 34ª fase da Operação Lava Jato. A informação foi confirmada pela Polícia Federal. Mantega está em São Paulo, onde acompanha uma cirurgia de sua mulher. Como não estava em casa, os policiais foram até o hospital para efetuar a prisão.

A Polícia Federal (PF), com o apoio da Receita Federal, deflagrou hoje essa nova fase chamada de Arquivo X. As equipes policiais cumprem 49 ordens judiciais, sendo 33 mandados de busca e apreensão, oito mandados de prisão temporária e oito mandados de condução coercitiva, quando a pessoa é levada para delegacia, presta depoimento e, em seguida, é liberada.

Nesta fase da Lava Jato são investigados fatos relacionados à contratação pela Petrobras de empresas para a construção de duas plataformas (P-67 e P-70) para a exploração de petróleo na camada pré-sal. As empresas são a empreiteira Mendes Júnior e a OSX, do empresário Eike Batista.

"Utilizando-se de expedientes já revelados no bojo da Operação Lava Jato, fraude do processo licitatório, corrupção de agentes públicos e repasses de recursos a agentes e partidos políticos responsáveis pelas indicações de cargos importantes da estatal, empresas se associaram na forma de consórcio para obter os contratos de construção das duas plataformas muito embora não possuíssem experiência, estrutura ou preparo para tanto", diz a nota da PF.

Segundo a polícia, durante as investigações verificou-se ainda que, no ano de 2012, um ex-ministro da Fazenda teria atuado diretamente junto ao comando de uma das empresas para negociar o repasse de recursos para pagamentos de dívidas de campanha de partido político da situação. Estes valores teriam como destino pessoas já investigadas na operação e que atuavam no marketing e propaganda de campanhas políticas do mesmo partido. "São apuradas as práticas, dentre outros crimes, de corrupção, fraude em licitações, associação criminosa e lavagem de dinheiro".

Aproximadamente 180 policiais federais e 30 auditores fiscais estão cumprindo mandados judiciais em cidades nos estados de São Paulo, do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, de Minas Gerais, da Bahia e no Distrito Federal.

O nome  Arquivo X dado à operação é uma referência a um dos grupos empresarias investigados e que tem como marca a colocação e repetição do "X" nos nomes das pessoas jurídicas integrantes do seu conglomerado empresarial.

*Com informações da Ansa

Agência Brasil Agência Brasil
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