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Lava Jato

"Por vocês valeria a pena morrer", diz Lula a militantes

18 abr 2018 - 20h03
(atualizado às 20h09)
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Foto: Reuters

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira aos militantes que protestam pela sua liberdade em Curitiba que valeria a pena morrer por eles, em recado enviado pelos advogados do petista, preso desde 7 de abril na Superintendência da Polícia Federal na capital paranaense.

"Queridos e queridas, companheiros e companheiras, vocês são o meu grito de liberdade todo dia. Se eu não tivesse feito nada na vida, e tivesse construído com vocês essa amizade, já me faria um homem realizado. Por vocês valeu a pena nascer e por vocês valeria a pena morrer", disse Lula no recado lido pelo vice-presidente do PT, Marcio Macedo, no local onde estão acampados os simpatizantes de Lula.

O ex-presidente está preso para cumprir pena de 12 anos e 1 mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no Guarujá, litoral de São Paulo.

Nesta quarta, a 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região decidiu não analisar os embargos aos embargos de declaração interpostos contra a condenação em segunda instância no caso do tríplex. A defesa do petista ainda poderá recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Apoiadores de Lula em Curitiba
17/4/2018     REUTERS/Rodolfo Buhrer
Apoiadores de Lula em Curitiba 17/4/2018 REUTERS/Rodolfo Buhrer
Foto: Reuters

Lula lidera as pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República nas eleições de outubro, mas deve ficar impedido de entrar na disputa por causa da Lei da Ficha Limpa, que torna inelegíveis condenados por órgãos colegiados da Justiça, caso da 8ª Turma do TRF-4.

Lula foi condenado por, no entendimento do juiz Sérgio Moro e dos três desembargadores da 8ª Turma do TRF-4, ter recebido o tríplex como propina paga pela empreiteira OAS em troca de contratos na Petrobras.

O petista nega ser dono do imóvel, assim como quaisquer irregularidades. Ele afirma ser alvo de uma perseguição política promovida por setores do Judiciário, do Ministério Público, da Polícia Federal e da imprensa para impedi-lo de ser candidato.

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