Presidente: "Petrobras sairá da crise mais enxuta e robusta"
O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, mostrou-se otimista com a possibilidade de tirar a empresa do cenário de crise em que se encontra, com o auxílio de medidas para aprimorar a governança e recuperar a imagem da estatal.
Bendine abriu seu depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, destacando a colaboração da empresa nas investigações do esquema de corrupção na empresa, alvo de investigaão da Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
“A empresa tem colaborado efetivamente com as autoridades envolvidas nesse escândalo tão vergonhoso. O trabalho das autoridades, com apoio da Petrobras, já resgatou R$ 139 milhões. Temos buscado um um modelo de gestão para mitigar questões vividas no passado”, afirmou Bendine.
Ele disse também que, apesar das denúncias de corrupção e da queda do preço do barril de petróleo, a Petrobras conseguiu uma performance “compatível com o tamanho do país”, além de ter feito investimentos que vão ajudá-la a sair da crise. “A empresa ainda é o principal player (ator) do círculo virtuoso da cadeia (produtiva)
do país. Os gastos operacionais da companhia devem se realizar este ano na ordem de R$ 100 bilhões. Isso servirá para o aperfeiçoamento da empresa, mas permitirá que ela continue saudável.”
“Hoje a Petrobras enfrenta um elevado endividamento, mas, diante de um cenário em que buscamos uma disciplina de capital aliada a um programa de investimento, temos condições de trazer essa dívida para um patamar mais confortável”, disse Bendine, antes de começar a responder as perguntas dos parlamentares.
“Sabemos das dificuldades que vamos enfrentar, mas temos convicção de que a empresa tem um caminho a ser seguido e, passado esse episódio, sairá uma empresa um pouco mais enxuta, mas mais robusta em termos de resultado”, completou Bendine.