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Política

Lavrador é preso após mutilar genital de cão com estilete

Agnel Francisco Alves, de 40 anos, aparece em vídeos torturando e mutilando cães; colegas que participaram também podem responder

19 jan 2018 - 16h31
(atualizado às 17h21)
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Lavrador castra cachorros com estilete e debocha: "baguncinha"
Lavrador castra cachorros com estilete e debocha: "baguncinha"
Foto: Rádio Cidade Caratinga / Divulgação

A Polícia de Minas Gerais prendeu um lavrador que mutilou os testículos de dois cães com um estilete durante uma festa. O crime ocorreu na Zona Rural da cidade de Inhapim, distante cerca de 340 quilômetros de Belo Horizonte e foi gravado por câmeras de telefones celulares.

Agnel Francisco Alves tem 40 anos e foi apresentado pela Polícia de Meio Ambiente depois que as imagens viralizaram e chocaram a população e entidades de defesa dos animais. Somente Agnel foi preso até o momento, mas sete homens que aparecem nas imagens devem prestar esclarecimentos às autoridades policiais mineiras.

No vídeo, o lavrador é mostrado sorrindo enquanto outros colegas tentam segurar o animal. O cachorro se debate e chora tentando se soltar dos torturadores. Agnel é quem tira o estilete do bolso e, às gargalhadas, corta os órgãos genitais do animal.

Agnel Francisco Alves, de 40 anos, aparece em vídeos torturando e mutilando cães; colegas que participaram também podem responder.
Agnel Francisco Alves, de 40 anos, aparece em vídeos torturando e mutilando cães; colegas que participaram também podem responder.
Foto: Rádio Cidade Caratinga / Divulgação

Frieza durante depoimento

De acordo com o delegado, Afrânio Márcio, Agnel se manteve tranquilo e não apresentava arrependimento ou remorso pela tortura imposta a que submeteu o animal. O autor tratou o caso como uma “farrinha” e “brincadeira”. O delegado perguntou se ele sabia que o que havia feito contra o cão era crime e ele respondeu que sim e completou que gostava de uma “baguncinha”.

Legislação obsoleta, segundo promotor

De certo modo, a forma com a qual o lavrador reagiu à prisão pode ser justificada na brandura que da legislação que trata desses crimes. O promotor Marcelo Magno criticou a legislação atual e classificou a pena para quem é pego cometendo maus tratos contra animais como irrisória. Ele sequer terminou de assistir ao vídeo e o classificou como brutal.

“Por mais que possamos nos dedicar a essa solução, infelizmente é uma solução pontual. Temos um problema estrutural, há uma falha no sistema legal. Uma obsolescência legislativa acerca dos crimes de maus tratos, pois considero inaceitável que pessoas se reúnam e por mera diversão possam praticar atos de tamanha crueldade e mesmo assim responder por crimes cuja pena é infelizmente irrisória.”

De acordo com o artigo 32 da A Lei 9.605 de 1998 quem for pego praticando atos de abuso, maus tratos, ferindo ou mutilando animais silvestres no Brasil pode ser detido por 3 meses a um ano. Em caso de morte do animal a pena pode ser aumentada em 1/6 a 1/3.

Vereador sugeriu comer cães

Em junho do ano passado, foi a vez de um vereador deixar indignados associações de defesa de animais em Minas Gerais. Wellington Arantes (PSB) sugeriu que as pessoas comessem os cães na tentativa de diminuir a população de animais de rua na cidade de Ituiutaba.

Em tom de deboche ele afirmou que a melhor alternativa seria fazer igual no Japão e “comer esses cachorros acabar com isso”, para arrematar em seguida: “se nós não estamos fazendo cirurgia eletivas na Secretaria de Saúdevamos fazer em cachorro?”

O vereador se desculpou após a repercussão do caso e alegou que tem animais em sua residência e os trata muito bem.

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Fonte: Especial para Terra
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