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Política

Lembre dos protestos de domingo e veja respostas do governo

Se você esteve ocupado e não conseguiu (ou preferiu não) acompanhar as manifestações, o Terra preparou um resumo do que aconteceu neste 15 de março

16 mar 2015 - 16h45
(atualizado às 17h46)
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<p>Protestos contra o governo federal em Curitiba</p>
Protestos contra o governo federal em Curitiba
Foto: Rodrigo Lôbo / Fotos Públicas

Nesta segunda-feira (16), muito ainda se fala sobre os protestos contra o PT e contra Dilma Rousseff, que aconteceram durante o domingo em diversas cidades do País - e em algumas do exterior. Porém, se você esteve ocupado e não conseguiu acompanhar as manifestações, o Terra preparou um resumo do que aconteceu. Confira:

Por volta das 9h da manhã, algumas cidades já contavam com a concentração de manifestantes. Em Brasília, o grupo de pessoas que já ocupava a Esplanada dos Ministérios fez um minuto de silêncio pela situação atual do País. No Rio de Janeiro e em Belo Horizonte, muitas pessoas saíram às ruas logo cedo também.

Perto das 10h, no Rio de Janeiro, carros de som pediram aplausos para a Polícia Militar (PM), que fazia a proteção do ato em Copacabana. Os moradores aplaudiram. Por conta das roupas verdes e amarelas, a região foi tomada pelo clima de Copa do Mundo. 

Perto das 10h40, aos gritos de "FORA PT", "Lula na Papuda" e "Fora Dilma", manifestantes de Brasília, reunidos no Museu Nacional, se movimentaram em direção ao Congresso Nacional. Em Porto Alegre, as ruas já estavam tomadas pelos manifestantes.

Também na capital gaúcha, outro grupo de manifestantes assaram coxas de frango para protestar contra o impeachment de Dilma. 

"Coxinhaço" contra impeachment marca apoio a Dilma no RS:

Programada para começar às 14h, a manifestação em São Paulo começou antes do esperado e, por volta das 10h45, já tinham manifestantes reunidos em frente ao Masp, na Avenida Paulista.

Mulher pelada participa de ato contra Dilma em SP:

Por volta das 11h, brasileiros se reuniam na Turquia em um protesto também contra Dilma Rousseff. Em Belo Horizonte, as ruas próximas à Praça da Liberdade ficaram tomadas por pessoas usando verde e amarelo.

Às 11h30, a Polícia Militar do Rio de Janeiro afirmava que cerca de 15 mil pessoas participavam do ato. Um pouco mais tarde, às 11h45, fotos das praias de Maceió ocupadas por manifestantes também foram divulgadas por internautas.

O telão da Times Square, em Nova York, nos EUA, teve uma chamada sobre os protestos contra a presidente Dilma. O flagrante aconteceu por volta das 11h30.

Em Manaus, às 11h50, cerca de 10 mil pessoas estavam concentradas na Avenida Eduardo Ribeiro, no centro da cidade. Na mesma hora, a capital de Sergipe começou a registrar movimento.

Por volta do meio dia, a Polícia Militar do Rio de Janeiro afirmou que 15 mil pessoas estavam no ato. Em Brasília, pelo menos 60 mil ocupavam a Esplanada. Em Belo Horizonte, o estimado era de 24 mil pessoas a esse horário.

No interior paulista, uma movimentação cresceu nas cidades de Bauru, Ribeirão Preto e Franca, por volta das 12h. Por volta das 12h30, os manifestantes de Brasília começaram a se dispersar.

No final do jogo entre Palmeiras e XV de Piracicaba, a plateia também se manifestou contra a presidente Dilma gritando palavras de ordem. O jogo, que aconteceu no Allianz Parque, zona oeste de São Paulo, sofreu alteração no horário por causa dos protestos na cidade.

Por volta das 13h45, os manifestantes do Rio começaram a se dispersar. Em Belo Horizonte, o protesto acabou por volta das 14h.

Às 14h15, a Polícia Militar afirmou que 9 mil pessoas estavam concentradas na Av. Paulista, em São Paulo. Meia hora depois, a PM contabilizava em 240 mil pessoas no local.

Protestos também foram registrados em Portugal, no Reino Unido e nos EUA. Em Londres, cerca de 60 pessoas enfrentaram o frio e a chuva para participar da manifestação, que aconteceu em frente à embaixada brasileira, no centro da capital britânica. Já em Lisboa, cerca de 50 manifestantes se reúnem neste momento na Praça Luís de Camões. De manhã, em Nova York, um grupo de brasileiros se concentrou na Union Square.

No Mato Grosso, cerca de 300 motoqueiros fizeram uma passeata e um buzinaço contra a presidente.

Perto das 15h, a PM de São Paulo atualizou o número de manifestantes na Paulista para 580 mil. Às 15h40, a PM afirmou que 1 milhão de pessoas estavam no protesto. Segundo informações do Metro paulistano, a cada 2 minutos chegavam 4 mil pessoas para o ato.

O Datafolha contestou o número de manifestantes calculados pela PM e disse que havia 210 mil pessoas na região da Paulista. Às 16h10, os manifestantes da Paulista começaram a se dispersar.

Às 16h30, a PM de Curitiba afirmou que 80 mil pessoas participavam de um ato contra Dilma.

Em São Paulo, um grupo foi detido com explosivos na Paulista. A PM encontrou rojões e bombas com 20 punks (chamados de Carecas do Subúrbio) em frente à estação Consolação.

No Rio Grande do Sul, uma estudante foi hostilizada pelos manifestantes por estar usando uma camiseta vermelha no protesto.  

A essa altura do dia, as manifestações já eram repercutidas pela imprensa internacional, que ressaltava o pedido de impeachment da presidente.

Por volta das 18h45, teve início uma coletiva de imprensa oficial do governo em resposta aos protestos contra Dilma Rousseff. Os porta-vozes do governo foram os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Miguel Rossetto (Geral da Presidência).

Durante a coletiva de imprensa, um novo panelaço foi registrado em diversas cidades do País. 

Pronunciamento do governo é recebido com panelaço:

O dia seguinte

Nesta segunda-feira, depois de uma reunião ministerial para avaliar as manifestações, os ministros Eduardo Braga (Minas e Energia) e, mais uma vez, José Eduardo Cardozo (Justiça) deram uma coletiva de imprensa.

Na ocasião, eles evitaram citar erros do governo federal na condução da política econômica, mas falaram em “humildade”. Cardozo e Braga repetiram o discurso adotado na noite de domingo, de que o Palácio do Planalto precisa ouvir a voz das ruas e dialogar com a sociedade.

Durante a tarde, Dilma Rousseff sancionou o novo Código do Processo Civil e, aproveitando a cerimônia, afirmou que seu compromisso é governar para todos os brasileiros e reafirmou o combate à corrupção. 

A presidente chegou a comentar diretamente sobre as manifestações e, ao fim, ressaltou que, se há pessoas na rua, é porque a luta contra a ditadura e a favor da democracia resultou na liberdade de expressão e no direito de protestar. Dilma se emocionou no final de seu discurso e concedeu entrevista coletiva logo em seguida.

Fonte: Terra
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