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Política

Líder do MBL confirma ligação do grupo com páginas excluídas

Kim Kataguiri alegou, entretanto, que as acusações de desinformação são "infundadas"

25 jul 2018 - 13h38
(atualizado às 17h51)
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O líder do Movimento Brasil Livre (MBL) e pré-candidato a deputado federal pelo DEM, Kim Kataguiri, admitiu que uma das páginas retiradas do ar pelo Facebook nesta quarta-feira, 25, é ligada ao MBL. Segundo Kataguiri, as acusações de fake news são falsas. A rede social excluiu uma rede de páginas e contas ligadas a coordenadores do MBL como parte da política de combate à notícias falsas. De acordo com a rede social, as contas faziam parte de uma rede coordenada que usava contas falsas no Facebook para disseminação de conteúdos sem deixar claro a origem da informação "com propósito de gerar divisão e espalhar desinformação".

"Tinha uma que era sim ligada a gente, que é a Brasil 200. Mas a do Diário Nacional e do Jornal Livre não, são parceiros nossos", disse Kim, após participar na plateia do Fórum Reconstrução Brasil, promovido pelo Estado.

Kim Kataguiri, um dos líderes do MBL
Kim Kataguiri, um dos líderes do MBL
Foto: Paulo Lopes / Futura Press

"São infundadas as acusações", completou. O jovem, que participou das manifestações pró impeachment, disse ainda que o grupo vai entrar na Justiça contra a ação.

Segundo Kim, perfis de membros do MBL que não administravam a página Brasil 200 também foram tiradas do ar. Ele alega ainda que o Facebook não avisou que tiraria as páginas do ar por alegação de fake news.

"Quebra contratual a partir do momento que promete tratar os usuários quer maneira isonômica. Tem uma violação de direito privado patente", completou.

Pelo comunicado, Facebook diz que desativou 196 páginas e 87 contas no Brasil por sua participação em "uma rede coordenada que se ocultava com o uso de contas falsas no Facebook, e escondia das pessoas a natureza e a origem de seu conteúdo com o propósito de gerar divisão e espalhar desinformação". O comunicado não identifica as páginas ou usuários envolvidos.

Veja também:

Ativista sueca impede deportação de imigrante afegão ao impedir decolagem de avião:

Leia na íntegra o comunicado do Facebook:

"Garantindo um ambiente autêntico e seguro (por Nathaniel Gleicher, líder de Cibersegurança)

O Facebook dá voz a milhões de pessoas no Brasil, e queremos ter a certeza de que suas conversas acontecem em um ambiente autêntico e seguro. É por isso que nossas políticas dizem que as pessoas precisam usar suas identidades reais na plataforma.

Como parte de nossos esforços contínuos para evitar abusos e depois de uma rigorosa investigação, nós removemos uma rede com 196 Páginas e 87 Perfis no Brasil que violavam nossas políticas de autenticidade. Essas Páginas e Perfis faziam parte de uma rede coordenada que se ocultava com o uso de contas falsas no Facebook, e escondia das pessoas a natureza e a origem de seu conteúdo com o propósito de gerar divisão e espalhar desinformação.

As ações que estamos anunciando hoje fazem parte de nosso trabalho permanente para identificar e agir contra pessoas mal intencionadas que violam nossos Padrões da Comunidade. Nós estamos agindo apenas sobre as Páginas e os Perfis que violaram diretamente nossas políticas, mas continuaremos alertas para este e outros tipos de abuso, e removeremos quaisquer conteúdos adicionais que forem identificados por ferir as regras.

Nós não queremos este tipo de comportamento no Facebook, e estamos investindo fortemente em pessoas e tecnologia para remover conteúdo ruim de nossos serviços. Temos atualmente cerca de 15 mil pessoas trabalhando em segurança e revisão de conteúdo em todo o mundo, e chegaremos ao fim do ano com mais de 20 mil pessoas nesses times.

Contamos com as denúncias da nossa comunidade a respeito de conteúdos que possam violar nossas políticas e usamos tecnologia como machine learning e inteligência artificial para detectar comportamento ruim e agir mais rapidamente."

Estadão
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