Líderes querem votar minirreforma política nesta quarta na Câmara
A Câmara dos Deputados poderá votar nesta quarta-feira o projeto de minirreforma eleitoral que foi aprovado no Senado (PL 6397/13), segundo líderes partidários. A ideia é que as alterações possam valer já para as próximas eleições, em 2014. As informações são da Agência Câmara.
No entanto, para a minirreforma entrar na pauta do Plenário, os deputados precisam votar os três projetos com urgência constitucional que obstruem as votações na Câmara (PLs 3471/12, 5740/13 e 6053/13). Segundo o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), o texto deverá ser objeto de destaque principalmente para retirar o dispositivo que permite que concessionárias de serviços públicos (empresas de ônibus, de energia elétrica, de água e esgoto) façam doações para campanhas eleitorais.
O deputado Henrique Fontana (PT-RS), relator da comissão especial que analisou a reforma política em 2011 e 2012, é contra uma minirreforma. Para ele, as alterações propostas são "cosméticas" e não mexem nas principais questões reclamadas pela população, como o atual modelo de financiamento de campanhas.
Fontana defende uma reforma mais ampla, como a sugerida pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), encabeçado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que propõe limite para gastos em todas as campanhas, proíbe doações de empresas e limita as doações de pessoas físicas a R$ 700.
A proposta do Senado
Além de permitir doação de concessionárias de serviços públicos, a proposta de minirreforma que poderá ser votada hoje determina, entre outras medidas, que não será considerada campanha antecipada a manifestação em redes sociais; a discussão de políticas públicas em eventos partidários; a realização e a divulgação de prévias em redes sociais; e a manifestação de opinião pessoal sobre questões político-partidárias em blogs, no Twitter, no Facebook e em outras redes sociais.