Livre de cassação em sessão secreta, Jaqueline Roriz apoia voto aberto
Livre de um processo de cassação em sessão secreta no início da atual legislatura da Câmara dos Deputados, em 2011, a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF) foi uma das parlamentares que aprovaram a proposta de emenda à Constituição que impõe o voto aberto em todas as votações do Congresso. A votação, que passou de forma unânime no plenário da Câmara, também teve o apoio do deputado Pedro Henry (PP-MT), condenado no julgamento do mensalão a sete anos e dois meses de prisão em regime inicial semiaberto.
O pedido de cassação de Jaqueline Roriz foi rejeitado em agosto de 2011 por 265 votos em seu favor, e 166 contra. Para que fosse cassada, seriam necessários um mínimo de 257 votos pela cassação dos 513 deputados. Ela é filha do ex-governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz, e foi flagrada recebendo suposta propina do ex-secretário de Relações Institucionais do DF, Durval Barbosa, delator do esquema conhecido como "mensalão do DEM". Em seu pronunciamento, na época, Jaqueline criticou “juízos apressados” sobre a denúncia.
Mensalão
Pedro Henry foi o único dos condenados do mensalão que participou da sessão do voto aberto. Se o Supremo mantiver o entendimento tomado no julgamento do ano passado, ele deverá perder o mandato automaticamente, depois que não tiver mais direito a recursos, sem passar pelo plenário da Câmara, como no caso de Natan Donadon (sem partido-RO).
O Supremo ainda precisa avaliar, no caso do mensalão, se cabe a apresentação dos chamados embargos infringentes, o que daria para Henry um novo julgamento pelo crime de lavagem de dinheiro. Se o recurso passar, há possibilidade de o mandato do parlamentar terminar antes do processo transitar em julgado.
Os outros três deputados condenados no mensalão não votaram. Valdemar Costa Neto (PR-SP) chegou a marcar presença, mas não computou voto. O deputado José Genoino (PT-SP), ex-presidente do PT, está de licença por motivo de saúde e não compareceu à sessão. Ex-presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP) também se ausentou.