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Política

Lula afirma que rejeição da política faz nascer 'titica' como Bolsonaro

Petista criticou ex-presidente em evento em universidade em Foz do Iguaçu; para ele, Cuba é modelo de internacionalização da educação

4 jul 2023 - 21h27
(atualizado às 23h03)
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Presidente Lula em evento em Foz do Iguaço (PR)
Presidente Lula em evento em Foz do Iguaço (PR)
Foto: twitter/@presidencia_BR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, 4, que a sociedade é muitas vezes induzida a não gostar de política e que isso faz nascer "titica" como o ex-presidente Jair Bolsonaro.

"Quando a gente não gosta de política, nasce uma 'titica' como Bolsonaro", afirmou o petista durante cerimônia de retomada das obras da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), localizada dentro de Itaipu Binacional, em Foz do Iguaçu (PR).

A declaração animou a militância presente no evento, que levantou gritos de "inelegível" em tom de comemoração à decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), da semana passada. "Vocês não precisam gostar do político, mas precisam gostar de política", afirmou Lula.

Diante da paralisação das obras da universidade, Lula fez nova menção indireta a Bolsonaro: "Como um País pode deixar obras paralisadas porque o presidente não gostou? Aquela obra não é para ele, é para o povo".

Lula elogia Cuba

Para o petista, Cuba é um exemplo de internacionalização da educação. O presidente lembrou quando recebeu uma carta do ditador de Cuba Fidel Castro em que ele comunicava o oferecimento de vagas a alunos filiados a alguns partidos políticos para estudarem Medicina.

"Cuba sofre um bloqueio econômico desde 1961. Olha, se um país que está impedido de crescer, não recebe recursos porque há um bloqueio americano a Cuba, consegue fazer uma universidade e oferecer vagas para estudantes pobres de todos os países da América Latina e africanos, por que nós não podemos fazer isso?", declarou Lula.

Na cerimônia, o diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Enio Verri, anunciou um investimento de R$ 600 milhões provenientes dos caixas da estatal para a retomada das obras do câmpus da Unila. O prazo para a conclusão dos trabalhos é de três anos.

Estadão
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