Lula anuncia Tebet, Marina Silva e outros 14 ministros para seu governo
Presidente eleito ampliou para 37 o número de ministérios para acomodar aliados
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou os 16 nomes restantes que irão comandar os 37 ministérios de seu governo. O petista assumirá o País no próximo dia 1º de janeiro.
Entre os anunciados estão Simone Tebet, para o Planejamento, e Marina Silva, no Meio Ambiente. Ambas foram fundamentais para angariar votos para Lula, principalmente no segundo turno contra o atual mandatário, Jair Bolsonaro (PT). As duas foram muito aplaudidas durante o anúncio.
Além das novas ministras, Lula também anunciou outros importantes nomes, como Renan Filho, que assumirá o Ministério dos Transportes; Jáder Filho, em Cidades; e Carlos Lupi para o comado da Previdência. O presidente nacional do PDT declarou apoio ao petista no segundo turno.
Para fechar seus ministros, foram apresentados ainda:
- Waldez Góes, na Integração Nacional;
- Carlos Fávaro, na Agricultura e Pecuária;
- Alexandre Silveira, em Minas e Energia;
- André de Paula, na Pesca e Aquicultura;
- Paulo Teixeira, no Ministério do Desenvolvimento Agrário;
- Daniela do Waguinho, no Turismo;
- Juscelino Filho, na pasta das Comunicações;
- Ana Moser, em Esportes;
- Sonia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas;
- Gonçalves Dias, na chefia do Gabinete de Segurança Institucional;
- Paulo Pimenta, na Secretaria de Comunicação Social.
Veja aqui lista completa com todos os ministros do Governo Lula.
O presidente eleito disse estar feliz com as escolhas, que trouxeram diversidade ao primeiro escalão do governo, com mulheres e indígenas. Além dos ministérios, Lula anunciou que irá nomear duas mulheres para a presidência da Caixa Econômica e do Banco do Brasil, mas não disse quem serão elas.
"Estou feliz porque nunca antes na história do Brasil tiveram tantas mulheres ministras. Também estou feliz porque nunca antes na história do Brasil tivemos uma indígena ministra dos Povos Indígenas", completou, citando Guajajara.
Lula garantiu que ele e os ministros terão muito trabalho a partir de janeiro, para fazer o que não foi feito pela atual gestão.
"Devido a esse desgoverno que o Brasil foi submetido durante todos esses anos, vamos ter que trabalhar em dobro para recuperar", afirmou.
Líderes no Legislativo
Lula também anunciou os líderes do governo nas Casas do Legislativo. O deputado José Guimarães (PT-CE) será o líder na Câmara, enquanto Jaques Wagner (PT-BA) irá representar o governo no Senado Federal. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) será o líder do governo no Congresso Nacional.
Acordos
Na quarta-feira, 28, Lula acertou com os partidos de centro para que MDB, PSD e União Brasil indicassem nomes para três ministérios cada um. Juntas, as legendas somam 143 deputados federais e 31 senadores. As negociações acabaram adiando em um dia o anúncio dos novos ministros.
Com o MDB, ficou firmado o acordo que levou Jader Filho ao Ministérios das Cidades, Renan Filho para o Ministério dos Transportes e Simone Tebet ao Planejamento. O PSD emplacou os senadores Alexandre Silveira na pasta de Minas e Energia, Carlos Fávaro na Agricultura e o deputado André de Paula no Ministério da Pesca.
Já no União Brasil, partido que elegeu Sérgio Moro como senador pelo Paraná, houve uma indefinição até os últimos momentos. A bancada do partido na Câmara tentou colocar o deputado Elmar Nascimento na Integração Nacional, mas a pasta ficou com um apadrinhado do senador Davi Alcolumbre. Uma ala do PT, principalmente da Bahia, resistiu a escolha de Elmar por ele já ter feito críticas ao presidente eleito, inclusive fazendo comentários irônicos sobre sua prisão. À aliados, o próprio deputado afirmou que vai continuar na Câmara neste ano para exercer o cargo de líder da legenda.
Além dos três partidos, o PDT também foi contemplado, com o presidente nacional da legenda, Carlos Lupi, como ministro da Previdência, e o já citado Waldez Góes na Integração Nacional.
*Com informações do Estadão Conteúdo.