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Política

Lula avalia se mudar para Brasília logo após a COP-27

Presidente eleito pode ir morar em um hotel na capital federal, onde equipe de transição já trabalha

8 nov 2022 - 18h19
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O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ficará em Brasília até a noite de quinta-feira, 10, e retorna a São Paulo, onde passa o fim de semana. Na próxima semana, ele viaja para o Egito, onde participará da Conferência do Clima COP-27. No retorno de viagem, o presidente eleito pode se mudar de vez para Brasília, onde a equipe de transição já trabalha. A possibilidade de mudança de São Paulo antes da posse foi debatida nesta terça-feira, 8, por Lula. O entorno do petista discute se ele irá se instalar no hotel que costuma usar como base em suas viagens à capital do País.

Em 2002, após sua primeira eleição, Lula passou apenas quatro dias na Granja do Torto, residência de campo da Presidência da República. Ele se mudou para o local no final de dezembro, pouco antes da posse. A residência havia sido oferecida pelo presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

O presidente eleito embarca para o Egito na próxima segunda-feira e deve retornar só no final de semana. Ele participa da COP-27 nos dias 16 e 17, e pode fazer uma parada em Portugal na volta ao Brasil.

Lula passou a terça-feira em reuniões em São Paulo, em um hotel na zona sul da capital. Ele falou por telefone com lideranças internacionais como Pedro Castillo (presidente do Peru), Cristina Kirchner (vice-presidente da Argentina), Mark Rute (ministro-presidente da Holanda), Rodrigo Chaves (presidente da Costa Rica) e Josep Borrell (Alto Comissário da União Europeia).

O petista também fez reuniões com o prefeito de Araraquara, Edinho Silva, que foi coordenador de comunicação da campanha presidencial do PT, com o ex-senador Jorge Viana (PT-AC), e recebeu o bispo Romualdo Panceiro, ex-número 2 da Igreja Universal e atual líder da Igreja das Nações do Reino de Deus.

Lula almoçou com o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, no mesmo hotel onde permaneceu em reuniões de trabalho. Ao sair, Belluzzo disse não ter discutido com Lula a indicação de pessoas para a equipe econômica e minimizou diferenças de pensamento entre os economistas que compõem a lista de conselheiros do novo governo. "Não acho que seja o caso de discutir agora querelas de economistas. (...) É bom você ter essa divergência, divergência é saudável. Divergência faz o pensamento avançar", afirmou. "Acho que ele vai, na verdade, reproduzir o que aconteceu no governo dele, em que você teve crescimento de 4%, isso no geral, e superávit primário todos os anos", afirmou Belluzzo.

Estadão
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