Lula chega em Xangai em viagem oficial à China
Mandatário participa da posse de Dilma Rousseff como presidente do banco dos Brics. Na sexta, ele terá reunião com o presidente chinês
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou nesta quarta-feira, 12, em Xangai, na China, após mais de 30 horas de viagem. O avião da comitiva presidencial pousou no aeroporto da cidade por volta das 22h30, no horário local, às 11h30 no horário de Brasília.
Durante a visita à cidade, Lula participará da posse da ex-presidente Dilma Rousseff como presidente do banco do Brics – bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A solenidade está marcada para quinta-feira, 13.
Já na sexta-feira, 14, o presidente irá para Pequim, capital do país, para um encontro com o presidente chinês Xi Jinping. Estão programadas também reuniões com lideranças políticas e empresários. Na volta, a comitiva fará uma parada nos Emirados Árabes Unidos.
Pelas redes sociais, Lula compartilhou imagens da sua chegada à cidade chinesa. Nos registros, ele aparece ao lado da primeira-dama Janja, e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, além de Dilma.
Veja
— Lula (@LulaOficial) April 12, 2023Em Xangai, primeira cidade da nossa visita à China, onde participarei da posse de @dilmabr como presidenta do Banco dos Brics.
A viagem do Lula ao país asiático estava programada para 25 de março mas foi adiada por recomendação médica após o mandatário ser diagnosticado com um quadro de pneumonia leve.
Expectativa
O objetivo do governo brasileiro é reforçar as relações com o principal parceiro comercial do País desde 2009. Cerca de 20 acordos bilaterais deverão ser assinados durante o encontro. Um deles diz respeito à construção do CBERS-6, o sexto de uma linha de satélites construídos em parceria entre Brasil e China, que permite o monitoramento de biomas como a Floresta Amazônica mesmo com nuvens.
No comércio, espera-se o acordo que prevê a operação direta entre o real e o yuan, a moeda chinesa, sem necessidade de dolarização. A expectativa do Planalto é de que a novidade facilite o comércio entre os dois países. Assuntos como a paz na guerra da Ucrânia e acordos de cooperação e transferência de tecnologia também devem entrar na pauta.
Comitiva presidencial
A delegação brasileira convidada para ir à China em março foi a maior da história da diplomacia brasileira. Como mostrou o Estadão, a primeira lista fechada pela Presidência reunia cerca de 200 empresários, de 140 setores, toda a cúpula do Congresso, governadores e ao menos seis ministros. Agora, a comitiva ficou mais restrita.
Oito ministros acompanham o presidente: Fernando Haddad (Fazenda), Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima), Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária), Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação), Mauro Vieira (Relações Exteriores), Alexandre Silveira (Minas e Energia), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social).
Cinco governadores também integram a delegação brasileira: Jerônimo Rodrigues, da Bahia; Elmano de Freitas, do Ceará; Carlos Brandão, do Maranhão; Helder Barbalho, do Pará; e Fátima Bezerra, do Rio Grande do Norte.
Dentre os parlamentares confirmados, está o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), não comparecerá por estar se recuperando de uma cirurgia de hérnia umbilical, considerada de baixa complexidade.
No retorno ao Brasil, o avião presidencial irá pousar em Abu Dabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, para uma visita oficial no próximo sábado, 15. / COLABOROU WESLLEY GALZO