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Política

Lula defende que democracia é capacidade de 'convivência civilizada entre opostos'

6 set 2024 - 21h23
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, em pronunciamento em rede nacional nesta sexta-feira, 6, que a democracia é a capacidade de "convivência civilizada entre opostos". Disse ainda que a democracia "é debate entre opiniões divergentes" e "diálogo".

"Democracia é debate entre opiniões divergentes, diálogo e convivência civilizada entre opostos. É o respeito à vontade do povo expressa nas urnas. Não o direito de mentir, espalhar o ódio e atentar contra a vontade do povo", afirmou.

No tradicional pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV em homenagem ao Dia da Independência, comemorado em 7 de setembro, Lula disse que "nenhum País é de fato independente sem o exercício pleno da democracia, que é mais do que votar no dia da eleição".

O presidente disse que a defesa da democracia "é capaz de unir adversários de longa data", uma referência à sua aliança com o vice-presidente Geraldo Alckmin, contra quem disputou a Presidência da República em 2006.

"Foi assim na construção da aliança para garantir a governabilidade do País após as eleições de 2022. Foi assim no 8 de janeiro de 2023, quando democratas de quase todos os partidos se uniram para derrotar a tentativa de golpe. Daquele dia em diante deixamos claros ao mundo que o Brasil é um País em que a paz e a liberdade imperam, mas não é um território sem lei e ordem", declarou.

O presidente citou uma série de dados positivos de seu governo. Disse que "a vitória da democracia permitiu que trouxéssemos de volta políticas de inclusão social que retiraram milhares de pessoas da pobreza, que tivéssemos uma política externa ativa e altiva, à altura da grandeza do Brasil, que a saúde e a educação voltassem a ser prioridade, que derrotássemos o negacionismo e que o combate a todas as formas de desigualdade voltasse à ordem do dia".

O presidente da República também ressaltou que o governo federal firmou parcerias com governadores e prefeitos "independentemente do partido político de cada um". "Foi assim na seleção de obras prioritárias do PAC para cada Estado e município. Foi assim no socorro imediato às vítimas de calamidades, a exemplo das enchentes no Rio Grande do Sul e das queimadas no Pantanal e na Amazônia", disse. Lula reforçou, ainda que pretende fazer uma política nacional de segurança pública, um tema recorrente de críticas a partidos de esquerda, junto aos 27 governadores.

Citou a assistência do governo a pessoas que passam fome, a queda no desemprego e o crescimento da economia. Na quarta-feira, 4, o IBGE divulgou que o PIB aumentou 1,4% no segundo trimestre deste ano, acima do 0,9% projetado para o período por analistas de instituições financeiras. Os setores de serviços (1%) e indústria (1,8%) contribuíram para a melhora. "Temos muitos desafios pela frente, mas estamos no rumo certo. É o começo de uma caminhada por um Brasil melhor para a família brasileira", disse, finalizando seu pronunciamento.

Estadão
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