Lula diz que máquinas de lavar 'são muito importantes para mulheres' ao falar sobre tragédia no RS
Lula afirmou que eletrodomésticos são 'patrimônios' para pessoas mais pobres que tiveram casas atingidas pelas enchentes; presidente anunciou, ao lado de ministros, medidas de socorro aos gaúchos que enfrentam a pior tragédia climática da história do Estado
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira, 9, que máquinas de lavar são "muito importantes para as mulheres". Em anúncio de medidas de socorro ao Rio Grande do Sul, afetado pela pior tragédia climática da história, o presidente mencionou a importância de eletrodomésticos para pessoas mais pobres que tiveram suas casas atingidas pelas enchentes.
"Muita gente acha que uma televisão é uma pequena coisa, que não tem muita importância. Mas para uma pessoa mais humilde, a televisão é um patrimônio. O fogão é um baita de um patrimônio, a geladeira, então, nem se fala. E uma máquina de lavar roupa é uma coisa muito importante para as mulheres, que estão sobrevivendo a um verdadeiro sofrimento e martírio com essa chuva", disse.
A declaração de Lula ocorreu enquanto o presidente compartilhava uma experiência pessoal, de ter vivido ele próprio uma enchente em sua casa. "Deu um metro e meio (de água) na minha casa. E quando a água vai embora, a desgraça é muito feia. Vocês não têm noção do que é uma casa quando a água vai embora", afirmou o presidente, que descreveu o cenário como "um inferno", se referindo à quantidade de "sanguessugas", "bactérias" e "baratas mortas" que ficam no imóvel ao passar a enxurrada.
No discurso, Lula também mencionou um cavalo que ficou preso em cima de uma casa no município de Canoas, um dos mais afetados no Estado gaúcho. O presidente comemorou o resgate do animal.
O último balanço da tragédia climática que atinge o Rio Grande do Sul divulgado na manhã desta quinta mostra que o número de mortos chegou a 107 pessoas. Há 136 desaparecidos, além de 67 mil em abrigos. O total de municípios afetados chega a 425. A crise de calamidade pública causada pelas enchentes foi comparada a uma situação de guerra pelos ministros.