'Lula é um exemplo do que não queremos em Portugal', diz brasileiro eleito deputado por partido da extrema direita
Marcus Santos, filiado ao partido Chega, defendeu 'imigração controlada' e fez elogios a Jair Bolsonaro
O brasileiro Marcus Santos, de 45 anos, eleito deputado pelo partido Chega, que representa a extrema direita em Portugal, criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmando que o mandatário brasileiro "é um exempleto do que não queremos em Portugal". Em entrevista ao jornal O Globo, o parlamentar também defendeu o controle da entrada de imigrantes no país lusitano.
"Lula, para nosso partido e a direita, é um exemplo do que não queremos em Portugal", disse ao comentar a declaração do também deputado André Ventura, um dos principais líderes do Chega. Na semana passada, Ventura afirmou que, se fosse eleito, não deixaria Lula entrar em Portugal.
Quanto ao ex-presidente Jair Bolsonaro, ele ressaltou que está totalmente alinhado com as aspirações da direita portuguesa. Santos mencionou que, em toda a Europa, o movimento de direita está ganhando força, citando como exemplos Portugal, França, Polônia, Hungria e Holanda. Ele explicou que, devido à proibição na Constituição portuguesa de partidos de "extrema direita", ele e os outros membros do Chega se autodefinem como representantes da "direita radical".
Um dos fundadores do Chega e morando em Portugal há 15 anos, Marcus Santos afirmou que um dos principais objetivos de seu partido é proteger os portugueses da criminalidade. Segundo ele, de acordo com a Polícia Judiciária portuguesa, há entre 1 mil e 1.500 membros oriundos de uma facção criminosa brasileira no país.
"Já temos bandidos demais aqui", disse, ao defender uma "imigração controlada" com procedimentos mais rígidos de entradas em Portugal.