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Política

Lula escolhe general que cuidou da segurança de Dilma para comandar GSI

Amaro chegou a acompanhar a então presidente em passeios de bicicleta; gabinete passou por "desbolsonarização" após atos do 8 de janeiro

27 abr 2023 - 18h23
(atualizado às 19h30)
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O general Marcos Antonio Amaro dos Santos, chefe do Estado-Maior do Exército, da turma de 1980 da Aman
O general Marcos Antonio Amaro dos Santos, chefe do Estado-Maior do Exército, da turma de 1980 da Aman
Foto: Sd Gabriel/Divulgação Exército / Estadão

O general Marcos Antônio Amaro dos Santos será o novo ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). A escolha de Amaro foi confirmada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em reunião com ministros nesta quinta-feira, 27, no Palácio da Alvorada. Com o anúncio do novo ministro, Lula põe fim a uma queda de braço no governo sobre o novo formato do GSI e mantém a estrutura formada por militares.

Amaro chefiou a Casa Militar no segundo mandato de Dilma Rousseff, interrompido pelo impeachment, e vai substituir o general Gonçalves Dias, que caiu há uma semana. A queda do então ministro ocorreu após imagens do circuito de segurança do Palácio do Planalto mostrarem que ele circulou pelo terceiro andar do prédio, onde está o gabinete de Lula, sem deter e nem mesmo repreender os invasores, no dia 8 de janeiro. Os vídeos foram divulgados pela CNN Brasil.

Nesta quinta-feira, 27, o ministro interino do GSI, Ricardo Cappelli, determinou a exoneração de mais 58 servidores do gabinete. Ao todo, 87 militares do GSI foram dispensados após os atos golpistas de 8 de janeiro em um movimento que ficou conhecido no Planalto como "desbolsonarização" do governo.

Na gestão de Jair Bolsonaro, Amaro foi chefe do Estado-Maior do Exército e comandante militar do Sudeste. Quando trabalhou com Dilma, o general costumava acompanhá-la nos passeios de bicicleta em torno do Alvorada.

Dilma costumava pedalar acompanhada do general Amaro, responsável por sua segurança (à direita na foto).
Dilma costumava pedalar acompanhada do general Amaro, responsável por sua segurança (à direita na foto).
Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADAO / Estadão

Mesmo após a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, e uma ala do PT defenderem a escolha de um civil para o GSI, os ministros da Defesa, José Múcio Monteiro, e da Casa Civil, Rui Costa, sempre disseram que o gabinete deveria ser comandado por um militar. "As Forças Armadas estão pacificadas", afirmou Múcio ao Estadão. "Não é hora de mudar o comando."

Lula deve formalizar a escolha de Amaro ainda nesta sexta-feira, 28. Com a decisão, Cappelli retorna ao Ministério da Justiça, onde exerce o cargo de secretário-executivo. Após os ataques de 8 de janeiro, ele também foi nomeado interventor na segurança pública do Distrito Federal.

Estadão
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