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Política

Lula está apaixonado e pretende se casar, afirma ex-ministro

20 mai 2019 - 13h12
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Preso desde abril do ano passado em Curitiba, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está apaixonado e pretende se casar. A revelação foi feita pelo ex-ministro da Fazenda Luiz Carlos Bresser-Pereira em um texto publicado em seu perfil no Facebook.

Lula está namorando a socióloga paulista Rosângela Silva, que trabalha no escritório da estatal Itaipu Binacional em Curitiba e visita o ex-presidente com frequência na superintendência da Polícia Federal, onde o petista cumpre pena. Ela tem cerca de 40 anos, conhece o ex-presidente há mais de dez anos, segundo dirigentes do partido, e se aproximou de Lula durante a caravana do petista pela região Sul.

O nome da namorada de Lula foi revelado pelo jornalista Guilherme Amado em sua coluna na revista Época. Segundo amigos próximos, a família de Lula conhece e aprova o relacionamento do ex-presidente com a socióloga.

Depois de visitar o ex-presidente na prisão em companhia do ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim, quinta-feira, 16, Bresser cometeu a inconfidência. "Sua (de Lula) maior demanda é a de ter reconhecida sua inocência. Está apaixonado e seu primeiro projeto ao sair da prisão é se casar", escreveu o ex-ministro.

Na conversa, Lula também disse ser contra qualquer tipo de intervenção na Venezuela, mas reconheceu que o presidente Nicolás Maduro e seu antecessor Hugo Chávez cometeram erros. "Conta que muitas vezes aconselhou o Chávez, que era uma pessoa ótima, mas cabeça-dura. Ouvia os conselhos com atenção, mas não os seguia", escreveu Bresser.

Rosângela, mais conhecida como Janja, é a primeira namorada de Lula depois da morte da ex-primeira-dama Marisa Letícia, em janeiro de 2016. Em dezembro de 2017, durante café da manhã com jornalistas, o ex-presidente foi indagado sobre a vida amorosa e respondeu que estava "apaixonado pelo Brasil".

Advogados e petistas esperam que Lula deixe a prisão ainda neste ano. Há duas semanas a defesa de Lula pediu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) a detração da pena e progressão para o regime semiaberto com base em decisão da própria corte que reduziu de 12 anos e um mês para oito anos e 10 meses a pena por corrupção passiva e lavagem de dinheiro à qual foi condenado no caso do triplex do Guarujá (SP). Eles argumentam que como Lula já cumpriu mais de um ano, restam menos de oito anos de pena. A legislação brasileira prevê que condenados a até oito anos devem ir para o regime semiaberto.

Estadão
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