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Política

Lula indica ex-governador de Pernambuco Paulo Câmara para assumir o Banco do Nordeste

Confirmação do ex-governador depende de modificação na 'Lei das Estatais' para reduzir o tempo de quarentena imposto a políticos com interesse em assumir cargos públicos

7 fev 2023 - 21h16
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BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu nesta terça-feira, 7, com o ex-governador de Pernambuco Paulo Câmara e o convidou para assumir a presidência do Banco do Nordeste (BNB). Passada a eleição do Congresso, o governo deu início a distribuição de cargos a aliados e seus indicados que ajudaram a garantir a vitória do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) na casa alta.

Paulo Câmara (PSB), prestes a deixar o governo do Estado de Pernambuco, está entre os nomes cotados para assumir a CGU no novo governo Lula.
Paulo Câmara (PSB), prestes a deixar o governo do Estado de Pernambuco, está entre os nomes cotados para assumir a CGU no novo governo Lula.
Foto: Reprodução/Twitter Paulo Câmara / Estadão

O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, também participou da reunião, que terminou com o aceite de Câmara para assumir comando do banco. O ex-governador perdeu a disputa à reeleição em Pernambuco, ainda no primeiro turno, fato que gerou o fim do período de 12 anos do PSB no controle do Estado.

A posse do ex-governador, no entanto, depende de o Senado aprovar as mudanças feitas pela Câmara no final do ano passada na chamada "Lei das Estatais", que flexibiliza as regras para que políticos assumam cargos públicos em empresas estatais. O texto aprovado pela Câmara reduz para apenas 30 dias o tempo exigido de quarentena para o político assumir o cargo em estatal.

O BNB que Câmara deve presidir é o maior banco regional da América Latina e uma fonte vital de financiamento aos Estados do Nordeste, onde está localizado o principal reduto eleitoral de Lula e do PT.

Apesar da posição estratégica do banco e do desejo de Lula por Câmara, há pouco empenho do PT na aprovação da nova Lei das Estatais. O texto está sem relator desde que chegou ao Senado, no ano passado. O projeto ainda precisa passar pela Comissão de Constituição e Justiça e pelo plenário da casa, mas o presidente Rodrigo Pacheco não tem demonstrado pressa para resolver este impasse.

Estadão
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