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Política

Lula leva novo ministro do GSI a almoço com o Alto Comando do Exército

No QG, presidente apresenta o general Marcos Amaro como futuro titular da pasta e evita declarações sobre operação da PF que prendeu coronel da ativa e apreendeu celular de Jair Bolsonaro

3 mai 2023 - 20h26
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BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva levou nesta quarta-feira, dia 3, seu escolhido para assumir o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o general da reserva Marcos Amaro, para um almoço com o Alto Comando do Exército. Lula se reuniu em privado com parte dos integrantes da cúpula verde-oliva, depois de conversar com Amaro e o ministro da Defesa, José Múcio, no Palácio do Planalto.

Solenidade da passagem do Comando Militar do Sudeste do general Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira para o general Marcos Antonio Amaro dos Santos, no Comando Militar do Sudeste.
Solenidade da passagem do Comando Militar do Sudeste do general Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira para o general Marcos Antonio Amaro dos Santos, no Comando Militar do Sudeste.
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil / Estadão

Os três foram em seguida ao Quartel-General do Exército e conversaram com os generais de quatro-estrelas, entre eles o comandante da Força Terrestre, general Tomás Paiva. Nenhum deu declarações públicas após o encontro. Mas Lula apresentou Amaro aos demais generais como seu novo ministro.

O nome de Marcos Amaro, um militar da reserva com experiência na função (chefiou a Casa Militar no governo Dilma Rousseff), recebeu respaldo de ambos para chefiar o órgão em substituição ao general Gonçalves Dias. Amigo de Lula, o ex-ministro G. Dias foi demitido depois de virem a público vídeos sobre a atuação do GSI durante a invasão do Palácio do Planalto, em 8 de janeiro.

O ministro da Defesa e comandante sugeriram a Lula que não alterasse agora a estrutura majoritariamente militar do GSI. A pasta já havia tido atribuições esvaziadas, como a perda de controle sobre a segurança imediata de Lula e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

O governo tentou se desvencilhar ao longo do dia de qualquer suspeita de atuação política na Operação Venire, da Polícia Federal, que atingiu o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu ex-assessor próximo, o tenente-coronel Mauro Cid.

Ao longo do dia e durante o encontro com militares, Lula não quis falar sobre a prisão de Cid, um oficial da ativa. A PF apreendeu o celular do ex-presidente.

O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro já estava na mira de outras investigações e foi rejeitado pelo governo para ocupar a chefia de um batalhão do Exército.

A interlocutores, o presidente disse que o caso das falsificação de certificado de vacina é um "assunto da Justiça". Na mesma linha, o vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que a "sociedade espera" que as investigações sejam feitas.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que há suspeita de uma "conspirata" contra a saúde pública. Segundo Dino, o governo deu apenas uma orientação administrativa à PF para que tudo seja investigado e o assunto deve ser tratado no âmbito do Judiciário.

Estadão
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