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Política

Lula mergulha em campanha do PT e pede voto "sem nenhum receio" em Dilma

19 ago 2014 - 14h59
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou hoje em peso na campanha pela reeleição de sua sucessora, Dilma Rousseff, e pediu aos eleitores para que a apoiem "sem nenhum receio".

A campanha para as eleições de 5 de outubro chegou hoje à televisão e Lula deu uma contundente declaração em favor da reeleição da atual presidente.

"O meu segundo mandato foi melhor do que o primeiro" e "com Dilma tenho certeza que vai ser assim também", afirmou Lula.

O ex-presidente argumentou que em seu segundo mandato teve "mais experiência e mais apoio para acelerar projetos que já estavam em andamento". Lula se dirigiu aos eleitores indecisos e pediu para que votassem "sem nenhum receio" e sem medo de se arrepender em Dilma.

A candidata do PT, por sua parte, elogiou os avanços sociais que o país viveu durante os dois mandatos de Lula e em seus quatro anos no poder e pediu a confiança dos eleitores para continuar no mesmo caminho.

Dilma citou os quase 40 milhões de brasileiros que saíram da pobreza nos últimos doze anos e assegurou que o país manteve a economia em ordem apesar da crise global, que considerou como uma das piores da história.

"O Brasil evitou que a crise internacional entrasse porta adentro da casa dos brasileiros, e também não interrompeu o grande ciclo de mudanças que vinha desde o governo Lula", disse Dilma, que comparou o país à Europa e Estados Unidos, onde "milhões de empregos foram destruídos" pela crise.

"Aqui, ao contrário, o emprego aumentou e milhões e milhões de brasileiros continuaram saindo da miséria", declarou.

Dilma admitiu, no entanto, que a crise "afetou" o país e "reduziu um pouco o ritmo de crescimento", mas assegurou que seu governo "protegeu principal".

Em meio ao clima de desconfiança que existe em relação à economia brasileira, Dilma fez um convite ao otimismo: "um pessimista é uma pessoa que desistiu antes de começar". Em seguida, um locutor falou que "Dilma nunca desiste".

Nos quase doze minutos de propaganda, Dilma apareceu ao lado de trabalhadores, estudantes e empresários e em muitas de suas viagens ao exterior. Mas também apareceu cozinhando ou cuidando do jardim do Palácio da Alvorada.

"Dilma, uma mulher que acorda cedo, trabalha muito e tenta aproveitar qualquer tempinho que resta para ter uma vida normal, como qualquer pessoa", afirmou um locutor.

A propaganda eleitoral vai até 2 de outubro. O tempo de cada coligação é definido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com base em resolução que considera o número de partidos políticos ou coligações que solicitaram registro de candidato a presidente da República e a respectiva representação na Câmara dos Deputados.

Aécio Neves, candidato pelo PSDB, terá cinco minutos. O PSB, que na quarta-feira anunciará quem será o novo candidaro da legenda, após a morte em um desastre aéreo de Eduardo Campos, contará com dois minutos.

EFE   
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