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Política

Lula reage a uso eleitoral de igrejas e diz que padres e pastores 'não devem mentir'

Petista pede que evangélicos não permitam mentiras de suas lideranças e acusa Bolsonaro de usar a máquina pública para tentar a reeleição

20 out 2022 - 17h00
(atualizado às 19h02)
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Em meio a uma onda de ataques políticos dentro de templos religiosos e uso de igrejas para fins eleitorais, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT à Presidência, afirmou nesta quinta-feira, 20, que "padres e pastores" não devem mentir. Segundo ele, os evangélicos - segmento em que o presidente Jair Bolsonaro, candidato do PL à reeleição, leva vantagem - não devem permitir que suas lideranças mintam.

"Quem é evangélico deve frequentar sua igreja e não deve permitir que o pastor minta", afirmou, em discurso em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. "Não permitir. Ninguém que é religioso, nem padre nem pastor, deve mentir. O povo não vai à igreja para ouvir mentira", afirmou.

Nas redes sociais, o petista tem sido alvo de fake news envolvendo questões religiosas. Aliados do presidente Jair Bolsonaro e integrantes da campanha à reeleição do mandatário afirmam que Lula pretende fechar igrejas, o que já foi desmentido pelo ex-presidente. Pastores alinhados ao presidente também afirmam que o adversário vai liberar o aborto e as drogas nas escolas, além de implantar banheiros unissex nos colégios.

Lula participou na manhã da quarta-feira, 19, da leitura de sua carta aos evangélicos, em evento com lideranças religiosas. No documento, o petista reafirmou seu compromisso com a liberdade de culto no País. O texto diz que os evangélicos são bem-vindos para participar do Executivo e recorda medidas dirigidas ao segmento, tomadas enquanto foi presidente. Foi o caso da sanção da Lei da Liberdade Religiosa e da criação do Dia da Marcha para Jesus.

Lula pediu que evangélicos não deixem que seus líderes mintam
Lula pediu que evangélicos não deixem que seus líderes mintam
Foto: Pedro Kirilos/Estadão / Estadão

Uso da máquina

Lula aproveitou o comício em São Gonçalo , na Região Metropolitana do Rio, para criticar o uso da máquina pública pelo presidente Jair Bolsonaro na campanha eleitoral. Segundo ele, Bolsonaro só vai ao Palácio da Alvorada para fazer campanha e receber quem chamou de "lambe-botas".

"Nunca vi na história desse país um candidato gastar 10% do que o meu adversário está gastando e usando a máquina pública. A gente só fazia campanha nos fins de semana e depois das 18h. Ele só vai ao Palácio para fazer campanha e receber os lambe-botas dele. O dinheiro não compra o nosso voto", afirmou.

O ex-presidente disse ainda que Bolsonaro "sabe que vai perder" as eleições.

"Sabendo que vai perder, inventou um vale emergência, saque do FGTS e crédito consignado. Acham que somos gado e que podem nos comprar com dinheiro. Tudo que chegar na conta de vocês, peguem. E no dia 30, votem 13?, afirmou, dirigindo-se aos eleitores.

Estadão
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