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Política

Lula volta a antagonizar Moro: "fez sacanagem"

Ex-presidente disse querer punição ao ex-juiz caso fique provado que Moro "fez sacanagem" e também disse respeitar resultados das eleições

20 nov 2019 - 12h45
(atualizado às 13h38)
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O ex-presidente disse nesta quarta-feira, 20, que seu maior desejo é que os processos aos quais responde sejam anulados pela Justiça. O petista voltou a antagonizar com o ministro da Justiça, Sérgio Moro, e disse querer punição ao ex-juiz no caso de ficar provado que Moro "fez sacanagem". As declarações de Lula foram dadas em uma entrevista ao blog Nocaute.

O ex-presidente Lula durante o Festival Lula Livre na Praça Nossa Senhora do Carmo
O ex-presidente Lula durante o Festival Lula Livre na Praça Nossa Senhora do Carmo
Foto: Pedro de Paula / Futura Press

Lula chamou Moro de "juiz de má-fé" e "mal-caráter", e desejou que "ele seja punido em defesa da Constituição". O ex-presidente também criticou o procurador federal Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato em Curitiba, a quem chamou de "moleque irresponsável e desaforado". Lula disse esperar que Dallagnol e Moro "sejam punidos pelas instituições que eu ajudei a criar".

Eleições 2018

Também em entrevista ao blog Nocaute, Lula disse respeitar "o resultado das urnas" em relação às eleições presidenciais de 2018, mas fez uma ressalva: "acho que o PT devia ter brigado mais".

"Sou um cara que já perdeu muitas eleições, e quando eu perco, respeito o resultado. Mas acho que o PT deveria ter protestado mais na vitória do Bolsonaro, que foi ilícita, foi um roubo aquela indústria das fake news", afirmou o ex-presidente, que está solto desde o dia 8 de novembro, depois de cumprir ficar preso por 580 dias na sede da Polícia Federal em Curitiba

Segundo Lula, cabe ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) governar, já que "ele não cometeu crime de responsabilidade ainda provado". "Mas não me peçam paciência com Bolsonaro, Moro ou Dellagnol". "Quero recuperar o respeito que eu ganhei na sociedade brasileira durante a minha vida", disse petista, se referindo também ao ministro da Justiça, Sérgio Moro, e ao coordenador da Lava Jato em Curitiba, o procurador Deltan Dallagnol.

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