Lula volta a defender novas eleições na Venezuela em reunião com parlamentares
Chefe do Executivo brasileiro já havia sugerido anteriormente que é a favor de nova eleição presidencial no país vizinho
Lula defendeu novas eleições na Venezuela e criticou a postura do líder da Nicarágua, Daniel Ortega.
Em reunião com líderes da Câmara dos Deputados na noite de segunda-feira, 26, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender novas eleições na Venezuela após o resultado polêmico que elegeu Nicolás Maduro para a presidência pela terceira vez.
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Segundo apuração do Broadcast Político, o chefe do Executivo leu para os parlamentares a carta que escreveu com Gustavo Petro, presidente da Colômbia, sobre a crise na Venezuela. Lula argumentou que Nicolás Maduro ainda "tem tempo" para convocar novas eleições no país.
O presidente brasileiro já havia defendido publicamente novas eleições no país no dia 15 de agosto. Na ocasião, o chefe do Executivo afirmou que a Venezuela vive "um regime muito desagradável".
Apesar da cobrança de governos vizinhos, as atas presidenciais com o resultado da eleição presidencial venezuelano ainda não foi divulgado. Contudo, Nicolás Maduro já teve seu nome ratificado para presidir o país.
O presidente também criticou o líder da Nicarágua, Daniel Ortega, que expulsou o então embaixador brasileiro no país, Breno Dias da Costa, por não ter comparecido ao aniversário de 45 anos da revolução sandinista. De acordo com Lula, seria a mesma coisa que o Brasil expulsar embaixadores que não comparecessem às comemorações do 7 de setembro.
Durante a cúpula da Aliança Bolivariana para os Povos da América, Daniel Ortega chamou a posição de Lula em relação à Venezuela de "vergonhosa" .
"Nós somos um país pequenininho. Não temos a potência do Brasil, nem a economia do Brasil, nem coisas do tipo. Mas temos algo que vale mais do que tudo isso. Dignidade. Defesa da nossa soberania. E a forma como Lula se comportou diante da vitória do presidente legítimo da Venezuela, é uma forma vergonhosa", declarou.