Lula agiliza verba para reconstrução de estradas no RS: 'Não haverá burocracia'
Governador Eduardo Leite cita risco de desabastecimento no estado
O presidente da República Luís Inácio Lula da Silva (PT) afirmou neste domingo, 05, que a reconstrução das rodovias destruídas pelas enchentes no Rio Grande do Sul terão apoio do governo federal. Além da verba, ele prometeu reduzir a burocracia para agilizar as obras.
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“Eu sei que o estado tem uma situação financeira difícil, sei que tem muitas estradas com problema. Quero dizer que o governo federal através do Ministério dos Transporte vai ajudar vocês a recuperarem as estradas estaduais”, afirmou Lula, após sobrevoar a região metropolitana de Porto Alegre, acompanhado do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira; do Senado, Rodrigo Pacheco; e do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Não haverá impedimento da burocracia para que a gente recupere a grandeza deste estado”, destacou Lula, que também pediu que as autoridades públicas, de agora em diante, atuem de maneira preventiva para reduzir o impacto de eventos climáticos extremos. “É preciso que a gente pare de correr atrás da desgraça. É preciso que a gente veja com antecedência o que pode acontecer de desgraça para gente poder trabalhar”, acrescentou.
É a segunda vez que Lula viaja ao Rio Grande do Sul desde que as enchentes deixaram o Estado em situação de calamidade. Na última quinta-feira, 02, o presidente foi a Santa Maria, cidade localizada na região central do estado, com intuito de acompanhar os trabalhos de resgate e socorro às vítimas.
A ideia, segundo o ministro da Integração Nacional, Waldez Góes, é que as obras comecem no Vale do Taqueri. Porém, ele enfatizou que a prioridade do governo continua sendo o resgate de pessoas ilhadas.
Governador do RS pede por recursos
Presente na reunião sediada por Lula, o governador Eduardo Leite (PSDB) advertiu para o risco de desabastecimento do Estado por causa da interdição do Aeroporto Salgado Filho e das rodovias.
“Estamos acompanhando o impacto nas cadeias produtivas, porque os animais não chegam, o frigorífico foi também atingido, colapsado. Isso atinge a vida dos trabalhadores naturalmente, mas tem uma questão de abastecimento também. Então, ações vão ter que ser empreendidas nessa área. O impacto na indústria, por insumos que não chegarão, ou as empresas que fornecem e que foram atingidas, paralisações nas plantas industrias, que vão exigir medidas econômicas”, disse o governador.
Até 12h00 deste domingo, 05, de acordo com a Agência Brasil, o Rio Grande do Sul contabilizava 75 mortes, 155 feridos, 103 pessoas desaparecidas. Acredita-se que 781 mil moradores tenham sido afetados pelas chuvas.