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Política

Maia sobre Bolsonaro: "Começa a fazer política"

Para o presidente da Câmara, escolha de Fábio Faria para o novo Ministério das Comunicações poderia ter sido feita em outro 'formato'

11 jun 2020 - 17h05
(atualizado às 17h38)
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Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia
08/08/2019
REUTERS/Amanda Perobelli
Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia 08/08/2019 REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, elogiou a escolha de Fábio Faria (PSD-RN) para o novo Ministério das Comunicações e disse que é preciso "aplaudir" o fato de o presidente Jair Bolsonaro ter começado a "fazer política".

"A escolha do Fábio Faria é uma boa escolha. Ajuda, é um político que tem uma boa relação, um bom diálogo, é um cara tranquilo, um amigo. Isso ajuda nas relações", disse Maia em entrevista ao Jota nesta quinta-feira, 11.

Para ele, no entanto, o "formato" da escolha não foi o melhor. "Poderia ter feito uma reunião com os presidentes desses partidos", sugeriu o deputado. "É um formato que ia gerar menos conflitos do que estão sendo gerados agora."

Na última quarta-feira, 10, o governo anunciou a recriação do ministério das Comunicações, que antes era parte da pasta comandada pelo ministro-astronauta Marcos Pontes. Segundo Bolsonaro, a escolha de Fábio Faria se deu pela relação com Silvio Santos, dono do SBT, e não pela sua aproximação com o Centrão. O novo ministro é casado com a filha do empresário, a apresentadora Patrícia Abravanel.

Maia elogiou a aproximação de Bolsonaro com o Centrão para a formação de uma base no Congreso. Segundo ele, é importante que o governo tenha o "mínimo" de organização no parlamento. "Não dá para a gente ficar desqualificando quando o presidente decide fazer política. Se for ter um problema no futuro, esse é um problema do sistema de controle. A gente tem que aplaudir a condição de mudança do presidente de começar a fazer política. Isso ajuda, sim, no parlamento, contanto que seja uma base que dialogue com o resto do parlamento e tenha uma agenda bem clara."

Estadão
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