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Política

Maior parte acha que Moro e Dallagnol devem ser questionados

De acordo com 47,2% dos entrevistados em pesquisa, mensagens da Lava Jato podem ser usadas para pedir explicações aos dois

26 ago 2019 - 14h16
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Mesmo que tenham sido obtidas por meios ilegais – supostamente, por ação de hackers – o conteúdo das mensagens trocadas pelo então juiz Sergio Moro e os procuradores da Lava Jato deve ser usado para questionar Moro e Deltan Dallagnol, segundo a maior parte dos entrevistados na pesquisa CNT/MDA divulgada nesta segunda-feira (26).

São 47,2% os que têm essa opinião, enquanto 34,6% acham que, por terem sido obtidas de forma ilegal, as mensagens não podem ser usadas para esse fim. Os que não souberam ou não responderam somaram 18,2%.

O ministro da Justiça, Sergio Moro
O ministro da Justiça, Sergio Moro
Foto: Gabriela Biló / Estadão Conteúdo

As mensagens foram obtidas pelo site The Intercept Brasil, e divulgadas por ele e por diversos outros veículos de comunicação brasileira. Os diálogos mostram situações de suposta falta de imparcialidade tanto dos procuradores como de Sergio Moro.

Hoje, Moro é ministro da Justiça, mas na época das mensagens era o juiz federal responsável pela Lava Jato em Curitiba.

Há um empate técnico – dentro da margem de erro de 2,2 pontos percentuais – entre os que acham que a divulgação das mensagens, batizada “Vaza Jato”, coloca em dúvida a isenção dos envolvidos e os que discordam dessa visão. Os percentuais de cada leitura foram de 42,2% e 41,7%, respectivamente. Não souberam ou não responderam 16,1%.

O procurador Deltan Dallagnol, do MPF
O procurador Deltan Dallagnol, do MPF
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

Mesmo sendo difundida a impressão de que as mensagens poderiam ser usadas para questionar a conduta de Moro e Dallagnol, a operação Lava Jato segue mostrando forte apoio popular.

A mesma pesquisa mostra que 68,3% dos entrevistados não concordaria com uma soltura dos condenados da Lava Jato devido ao conteúdo das mensagens obtidas pelo Intercept. São 15,5% os que acham que eles deveriam ser libertados, e 16,2% não souberam ou não responderam.

Também é majoritário (51%) o entendimento de que a operação beneficia o Brasil. Na avaliação de 20,3% dos entrevistados, a operação não beneficia nem prejudica, enquanto 16,8% acham que a Lava Jato está prejudicando o país – 11,9% não souberam ou não opinaram.

Moro no governo

Moro sofreu uma série de derrotas desde o começo do governo Bolsonaro. Mais recentemente, o presidente deu declarações que desautorizam o ex-juiz – disse, por exemplo, que quem manda é ele enquanto falava da Polícia Federal, subordinada a Moro –, e foi difundida a leitura de que Bolsonaro estaria fritando o ex-juiz.

Moro, porém, mostra resiliência em seu apoio junto ao público. Dos entrevistados na pesquisa, 52% acham que ele deve continuar no cargo, enquanto 35,3% acham que ele deveria deixar o posto. Os demais, 12,7%, não souberam ou não responderam.

Método do estudo

A pesquisa foi feita pelo instituto de pesquisas MDA a pedido da Confederação Nacional do Transporte (CNT). Foram entrevistadas 2.002 pessoas em 137 municípios distribuídos por 25 Estados.

A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais. Isso significa que o valor de 15%, por exemplo, pode ser na verdade algo entre 12,8% e 17,2%.

O perfil dos entrevistados – levando em conta onde mora, sexo, idade e renda familiar – é calculado de forma a ser representativo da sociedade brasileira. Por isso é possível tirar conclusões razoavelmente precisas relativas ao país todo com base na amostra de apenas 2.002 pessoas.

Os dados foram colhidos entre os dias 22 e 25 de agosto, possivelmente o momento de crise mais aguda já enfrentado pelo governo Jair Bolsonaro. Durante esses dias as queimadas na Amazônia dominaram o noticiário.

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Fonte: Redação Terra
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