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Política

Maioria do País defende impeachment de Bolsonaro pela 1ª vez

10 jul 2021 - 14h17
(atualizado às 15h04)
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Uma pesquisa do Instituto Datafolha divulgada nesse sábado aponta que a maioria dos entrevistados diz ser a favor da abertura do processo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). É a primeira vez desde abril de 2020, quando o instituto começou a questionar os brasileiros sobre o tema, que a maioria é a favor da saída do atual presidente.

Foto: Adriano Machado / Reuters

Com margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou menos, o levantamento aponta que 54% são a favor da abertura do impeachment na Câmara dos Deputados, enquanto 42% se dizem contrários à iniciativa - 4% não sabem. Na pesquisa anterior, realizada em 11 e 12 de maio, os apoiadores do impeachment haviam tomado à frente, apesar de a vantagem representar um empate técnico de 49% a 46%.

O levantamento foi realizado nos dias 7 e 8 de julho e foram ouvidos 2.074 brasileiros maiores de 16 anos, de forma presencial, em todas as regiões do País.

Entre aqueles que mais defendem o impeachment estão os que se declaram pretos (65%) e homossexuais ou bissexuais (77%), além de mulheres (59%), jovens (61%), pobres (60%) e moradores do Nordeste (64%). Já os grupos que rejeitam a saída de Bolsonaro são compostos por mais velhos (49%), evangélicos (56%), quem ganha entre 5 a 10 salários mínimos (62%), mais ricos (59%) e empresários (68%).

O aumento do apoio à abertura de um processo de impedimento contra Bolsonaro, apontado pelo Datafolha, acontece em um momento em que o Brasil registra mais de 530 mil mortos pela Covid-19 e em que o presidente vê membros de seu governo envolvidos em suspeitas de irregularidades nas tratativas para compra de vacinas contra Covid-19, investigadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid no Senado.

Bolsonaro, que é ex-deputado federal, também teve o nome envolvido em suspeitas de desvio de recursos públicos por meio do esquema conhecido como rachadinha, quando parlamentares se apropriam de parte dos salários dos funcionários de seu gabinete.

O presidente ainda é alvo de um inquérito que apura se ele cometeu o crime de prevaricação, após o deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) afirmar à CPI da Covid que o alertou sobre alegadas irregularidades envolvendo as negociações para compra da vacina indiana contra Covid-19 Covaxin. Neste sábado, Bolsonaro disse que tomou providências após o encontro com o deputado.

Com informações da Reuters.

Fonte: Redação Terra
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