Manifestantes contra Crivella invadem Prefeitura do Rio
Governo vive crise desde a divulgação de reunião em que ele ofereceu ajuda a pastores e líderes religiosos pelo SUS
Um grupo de manifestantes invadiu o 13º andar da sede administrativa da Prefeitura do Rio, no centro, na manhã desta quarta-feira (11). Eles foram interceptados por guardas municipais no corredor do prédio e saíram. Os manifestantes, que se diziam servidores municipais, pediam a saída do prefeito Marcelo Crivella (PRB) do cargo.
Segundo a prefeitura, o protesto acabou em poucos minutos e o grupo "se retirou pacificamente da prefeitura". Já o vereador David Miranda (PSOL), que estava com os manifestantes, relatou que a Guarda Municipal agiu com truculência.
"O movimento estava pacífico até a hora que tentaram agredir a gente. A Guarda Municipal, truculenta mais uma vez, machucou uma de nossas companheiras. Tivemos que agarrá-la porque agarram ela fortemente. Mas nós mostramos o nosso recado", disse Miranda, em um vídeo divulgado em seu Facebook, falando ainda de dentro do prédio.
A crise do governo Crivella
Crivella passa por uma crise institucional desde quando foi divulgada uma reunião fechada, no Palácio da Cidade, em que ele ofereceu ajuda a pastores e líderes religiosos da Universal em cirurgias de catarata e varizes pelo SUS. Além disso, o prefeito diz que daria auxílio a pastores que estivessem com problemas de IPTU em seus templos.
David Miranda foi um dos 17 vereadores que assinou, nesta terça-feira (10) um pedido de sessão extraordinária para votar a abertura de processo de impeachment do prefeito. Com isso, os parlamentares deverão voltar do recesso, nesta quinta para decidir a questão.
A assessoria da Prefeitura do Rio informou que recebeu com "muita tranquilidade" a notícia de que o pedido de impeachment será avaliado pela Câmara Municipal.
"Inclusive, o prefeito Marcelo Crivella aconselhou sua base a abrir um pedido de mesmo teor àquele apresentado pela oposição, para que tudo possa ser esclarecido. O documento da base protocolado tem, até agora, 26 assinaturas, e a expectativa é que chegue a 30 signatários, 13 a mais do que as assinaturas obtidas pelos vereadores da oposição no outro pedido", informou.