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Política

Marçal quer secretário que já foi afastado em Goiânia na equipe de seu eventual governo

Secretário de Saúde de Goiânia, Wilson Modesto Pollara, foi afastado do cargo durante 45 dias pelo Tribunal de Contas de Goiás por irregularidades em contratação de emergência; Pollara afirmou ao 'Estadão' que tentou 'contratação conjunta para Samu' por emergência de dengue

25 set 2024 - 19h09
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O candidato Pablo Marçal (PRTB) promoveu uma coletiva de imprensa nesta terça-feira, 24, para anunciar um eventual secretariado da gestão dele caso seja eleito prefeito de São Paulo em outubro. Entre os dois citados pelo candidato do PRTB, está Wilson Modesto Pollara, secretário municipal de Saúde de Goiânia (GO), que já foi afastado do cargo durante 45 dias neste ano pelo Tribunal de Contas goiano por suspeitas de irregularidades em contratações. Marçal foi procurado pelo Estadão, mas não comentou.

Pollara, que teve o mesmo posto na gestão de João Doria à frente da Prefeitura, foi alvo de um inquérito do Tribunal de Contas por tentar contratar, sem licitação, ambulâncias, sistemas informáticos e recursos humanos em maio deste ano.

O órgão argumentou que as contratações não atendiam a uma série de critérios estabelecidos para aquisições de emergência - argumento usado pela prefeitura, que afirmou que os recursos seriam usados no combate a um surto de dengue - e pediu, em julho, o afastamento cautelar do secretário por três meses. O prazo foi reduzido para 45 dias após a prefeitura cumprir a determinação de suspender o procedimento de contratação emergencial.

Secretário de Saúde de Goiânia (GO), Wilson Modesto Pollara.
Secretário de Saúde de Goiânia (GO), Wilson Modesto Pollara.
Foto: Hélvio Romero/Estadão / Estadão

Questionado pelo Estadão, o secretário, que assumiu o posto no último ano da gestão, afirmou que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) do município estava "em uma situação terrível, com ambulâncias todas quebradas, com falta de médicos e enfermeiros", o que teria motivado a tentativa do "contrato emergencial geral" para o serviço, já que se fizesse uma licitação para cada item, "ia demorar muito tempo", afirmou.

Na decisão, o Tribunal afirmou que "o número de pessoas com dengue atendidas pelo serviço de urgência móvel é sistematicamente insignificante" e que a tentativa de contratação foi feita durante o inverno, período em que os casos de dengue tendem a diminuir.

No início deste mês, o secretário foi alvo de outra medida cautelar do Tribunal de Contas goiano, que desta vez apontou indícios de irregularidades entre um convênio celebrado entre a prefeitura e a empresa União Mais Saúde, para a prestação de serviços na área da saúde e fornecimento de equipamentos.

A própria Procuradoria-Geral do Município de Goiânia já havia apontado irregularidades, mas o convênio, no valor de R$ 10 milhões para o período de 12 meses, foi firmado e metade do valor foi repassado à empresa, sem prestação de serviço em quantidade justificável. O Tribunal determinou o ressarcimento do valor já repassado para a empresa.

Pollara afirmou que o plano de trabalho do contrato foi feito enquanto ele estava afastado do cargo, e que retornou um dia antes da assinatura do convênio. "Quando eu vi o plano de trabalho eu concordei com o Tribunal e mandei cancelar, porque não estava de acordo, realmente", disse.

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