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Política

Marina reitera que manterá "compromissos programáticos" de Campos

21 ago 2014 - 16h26
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A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, reiterou nesta quinta-feira que pretende manter os compromissos assumidos por Eduardo Campos, morto em trágico acidente de avião na semana passada.

Marina, que foi formalizada como a candidata do partido na quarta-feira, tendo como vice o líder da bancada do PSB na Câmara dos Deputados, Beto Albuquerque (RS), reuniu-se nesta quinta-feira, em Brasília, com dirigentes dos partidos que compõem a coligação.

“E o nosso compromisso é de manter todos aqueles interesses maiores da sociedade brasileira que já estão inscritos no nosso programa”, disse Marina a jornalistas ao chegar à sede do PSB, em Brasília.

Como exemplos desses compromissos já assumidos, a ex-senadora citou o passe livre para estudantes, mais recursos para a saúde e “um olhar para a infraestrutura brasileira que seja capaz de fazer jus às imensas potencialidades que o nosso país tem”.

“Todos os compromissos que havíamos assumido programaticamente são os compromissos dessa aliança e, obviamente, que é sobre isso que os partidos estarão falando daqui a pouco”, afirmou, referindo-se à reunião que teria com os dirigentes aliados.

Ao todo, cinco partidos (PPL, PPS, PRP, PSL e PHS) compõem a aliança junto ao PSB.

Após a reunião, o presidente do PHS, Eduardo Machado, disse que Marina reafirmou os compromissos assumidos por Campos e redefiniu ainda a estrutura da campanha para incorporar os partidos coligados.

“Ela incluiu cada presidente de partido (da coligação) na coordenação política da campanha”, disse o dirigente à Reuters.

O presidente do PSL, Luciano Bivar, que não participou da reunião e que manifestou publicamente descontentamento com a maneira como foi conduzida a escolha para a composição da nova chapa, disse à Reuters que foi procurado nesta quinta por integrantes da campanha, que agendaram uma reunião dele com Marina na sexta-feira, em Recife.

“É um desprendimento dela muito grande. O PSL tem uma influência muito pequena no tempo de televisão”, reconheceu Bivar. “O que queríamos era saber dos compromissos que firmamos com Eduardo Campos, queríamos ouvir de viva-voz dela”, afirmou, citando a política para o agronegócio e a simplificação tributária como pontos a serem conversados com a candidata.

(Reportagem de Maria Carolina Marcello)

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