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Política

Mauro Cid afirma ter testemunhado propostas de golpe de Estado após Bolsonaro perder eleições, diz jornalista

De acordo com o tenente, aliados procuraram o ex-presidente para tentar reverter o resultado eleitoral de 2022

4 mai 2023 - 10h24
(atualizado às 10h45)
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Mauro Cid e Jair Bolsonaro
Mauro Cid e Jair Bolsonaro
Foto: Adriano Machado / Reuters

Após ser preso em operação na quarta-feira, 3, o tenente-coronel Mauro Cid diz ter testemunhado propostas de golpe de Estado depois do resultado eleitoral em 2022, quando o então presidente Jair Bolsonaro (PL) perdeu as eleições para Luiz Inácio Lula da Silva (PL). As informações foram divulgadas pelo blog da jornalista Andréia Sadi, da GloboNews

De acordo com os relatos de Cid, aliados de Bolsonaro procuraram o presidente para tentar reverter o resultado das eleições com propostas de "viradas de mesa". Um desses políticos citados por Cid seria o ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB).

Entre as propostas de interlocutores próximos de Bolsonaro estavam o pedido de prisões de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e a convocação do artigo 142 da Constituição Federal, lei que foi utilizada equivocadamente por grupos bolsonaristas para justificar uma possível intervenção militar.

Operação Venire

A Polícia Federal (PF) fez buscas na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro na manhã da última quarta-feira, 3, no âmbito da Operação Venire, que prendeu o tenente coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-chefe do Executivo. O foco da operação da PF é sobre a inserção de dados falsos de vacinação da covid-19 no sistema do Ministério da Saúde.

Segundo a PF, as inserções falsas sob suspeita se deram, entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, e "tiveram como consequência a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a Covid-19 dos beneficiários".

A corporação indica que, com a alteração, foi possível a emissão de certificados de vacinação com seu respectivo uso para burla de restrições sanitárias impostas pelo Brasil e pelos Estados Unidos em meio à pandemia.

"A apuração indica que o objetivo do grupo seria manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas, no caso, sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a covid-19", indica a PF.

A ofensiva aberta na quarta mira supostos crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores.

Fonte: Redação Terra
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