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Política

Mauro Cid muda de estratégia e pode implicar Bolsonaro em caso de joias, diz jornal

Ex-ajudante de ordens trocou novamente de advogado; nova defesa deu sinais sobre possível culpabilização do ex-presidente

17 ago 2023 - 10h26
(atualizado às 11h42)
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Mauro Cid foi ajudante de ordens da Presidência no governo Bolsonaro e está no centro de inquéritos sensíveis sobre o ex-presidente.
Mauro Cid foi ajudante de ordens da Presidência no governo Bolsonaro e está no centro de inquéritos sensíveis sobre o ex-presidente.
Foto: Dida Sampaio/Estadão / Estadão

Sob pressão devido às revelações da Polícia Federal (PF) acerca do suposto esquema de venda ilegal de joias destinadas ao patrimônio de Jair Bolsonaro, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid mudou sua abordagem e adotou uma estratégia de defesa que sugere a potencial responsabilidade do ex-presidente. As informações são do jornal O Globo

A ênfase na formação militar do tenente-coronel, que enfatiza a "obediência hierárquica", foi apontada pelo advogado criminalista Cezar Bitencourt, que assumiu a defesa ontem, após a segunda troca em 3 meses, como um elemento essencial para a conduta de Cid durante o período em que esteve trabalhando junto a Presidência.

"O então chefe dele (Jair Bolsonaro) escolheu o cara certo para lhe assessorar, porque Mauro Cid sempre cumpriu ordens. Pela formação de militar, sempre prezou pelo respeito à chefia, pela obediência hierárquica. A obediência a um superior militar há de afastar a culpabilidade dele", disse Bitencourt ao GLOBO.

A legislação que orienta as operações das Forças Armadas determina que o presidente é o "chefe supremo" do Exército, Marinha e Aeronáutica, "administrando-as por intermédio dos órgãos do Alto Comando". 

Após essas declarações, o advogado de Bolsonaro, Paulo Bueno, telefonou para o escritório de Bitencourt ontem para agendar uma reunião.

Situação jurídica de Cid

Cid encontra-se detido desde maio devido à investigação conduzida pela Polícia Federal, que está analisando se ocorreu falsificação em certificados de vacinação contra a Covid-19 pertencentes a Bolsonaro e seus familiares.

Após ser contatado pela família de Cid, o advogado requisitou o acesso aos inquéritos junto ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Na quarta-feira, 16, ele compareceu ao Batalhão de Polícia do Exército em Brasília, onde o tenente-coronel está detido. Além da conversa com Cid, Bitencourt planeja realizar uma reunião com o general Mauro Lourena Cid, pai de Cid.

Fonte: Redação Terra
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