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Política

Mauro Cid pode perder benefícios de delação por omitir informações

PF apura se ex-ajudante de ordens de Bolsonaro deixou de fornecer informações aos investigadores; Cid será convocado para prestar depoimento

9 fev 2024 - 17h07
(atualizado às 18h41)
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O tenente-coronel Mauro Cid ao lado do então presidente Jair Bolsonaro
O tenente-coronel Mauro Cid ao lado do então presidente Jair Bolsonaro
Foto: Dida Sampaio/Estadão / Estadão

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), corre o risco de perder os benefícios obtidos por meio da delação premiada. Ele será convocado novamente pela Polícia Federal (PF) para fornecer informações adicionais e para preencher possíveis omissões em sua colaboração.

Se for constatado que Cid deixou de fornecer dados aos investigadores, o acordo poderá ser revogado. As informações são da CNN Brasil. 

A operação deflagrada pela PF nesta quinta-feira, 8, foi fundamentada na delação premiada fornecida por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O vídeo de uma reunião de Bolsonaro com então ministros do governo, articulando a tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, também sustentou a ação.

Conforme documento obtido pelo Terra, Cid mencionou Filipe Martins, ex-assessor da Presidência, e Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, juntamente com outros militares, em sua delação à PF.  Essas diligências constituem a mais recente etapa das investigações direcionadas ao suposto "gabinete do ódio" durante o mandato de Bolsonaro.

O ex-ajudante de ordens teria identificado os militares que faziam parte do grupo, responsável por tentar instigar um golpe de Estado com o objetivo de impedir que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumisse a Presidência da República.

Operação Tempus Veritatis

Batizada de Tempus Veritatis, a operação deflagrada na quinta-feira, 8, mira aliados militares e políticos de Bolsonaro. Entre os alvos de buscas, estão o ex-ministro da Defesa e da Casa Civil Braga Netto, o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional Augusto Heleno e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres. O Supremo Tribunal Federal (STF) também determinou que Bolsonaro entregue o passaporte em até 24 horas.

Foram presos na operação, conforme apuração do Terra:

  • Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro;
  • Marcelo Câmara, coronel do Exército citado em investigações como a dos presentes oficiais vendidos pela gestão Bolsonaro e a das supostas fraudes nos cartões de vacina da família do ex-presidente;
  • Rafael Martins, major das Forças Especiais do Exército;
  • Bernardo Romão Corrêa Netto, coronel do Exército.

Valdemar Costa Neto, presidente do PL, também foi preso, mas por porte ilegal de arma.

Fonte: Redação Terra
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