MDB e União Brasil cobiçam comando da pasta da Integração de Lula
Capilaridade da pasta, que realiza projetos em municípios, é o principal atrativo
O União Brasil e MDB travam uma concorrência pelo Ministério da Integração, sob o qual o PT cogita deixar a joia da coroa do Centrão, a Codevasf, além de investimentos hídricos e os fundos de desenvolvimento regional. O MDB já indicou a Lula o interesse na pasta, apresentando como argumento a intenção de liderar um ministério com capilaridade municipal. Mas o União Brasil, cujo principal ativo é o tamanho para ajudar o PT a fazer frente ao PL no Congresso, também quer a pasta. Na divisão feita pela transição, avaliou-se transferir da Fazenda para a Integração os bancos da Amazônia e do Nordeste, além do Fundo Amazônia, mas concluiu-se que não era pertinente entregar tamanho poder a um não petista.
DIVIDE. Cidades cuidará do desenvolvimento urbano, saneamento e habitação, áreas que também interessam. O MDB, no entanto, indicou a petistas o desejo de comandar a diretoria de Habitação da Caixa, que pilotará o Minha Casa Minha Vida. O programa vai ressurgir em 2023 com um orçamento de R$ 9,5 bilhões.
ALVO. O MDB se fia em Lula, que disse ter interesse na sigla como "parceiro preferencial". O partido crê que terá o controle de pelo menos duas pastas - uma para o Senado e outra para a Câmara. A de Simone Tebet, embora bem-vinda, não viraria motivo de briga em caso de frustração.
FRIENDS. MDB e União poderão ser sócios na formação de um bloco alternativo ao de Arthur Lira (PP-AL) para abocanhar comissões na Câmara. Mas não há incômodo em reconduzir Lira à presidência em ambos os partidos, ainda mais depois da poda de poder operada por Lula e o STF.
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