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Política

Meirelles diz que MDB terá candidato e Temer tem prioridade

8 mai 2018 - 19h53
(atualizado às 20h00)
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Henrique Meirelles durante entrevista à Reuters em Brasília
01/05/2018 REUTERS/Adriano Machado
Henrique Meirelles durante entrevista à Reuters em Brasília 01/05/2018 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

O ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, que tenta viabilizar sua candidatura à Presidência pelo MDB, garantiu nesta terça-feira que o partido terá um nome próprio para concorrer ao Planalto, apesar da recente aproximação do presidente Michel Temer com o pré-candidato do PSDB, Geraldo Alckmin.

Meirelles afirmou a jornalistas, após discursar em evento da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) com presidenciáveis, que Temer tem a prerrogativa de decidir se irá ou não concorrer à reeleição, e que se o presidente decidir não participar do pleito, ele tem convicção de que será o representante da legenda na disputa presidencial.

"O presidente Temer, não há dúvida, que se ele decidir ser candidato a presidente da República, ele terá todas as condições de ser o candidato do partido, é o grande líder histórico do partido e é o presidente. Agora, caso ele decida não ser candidato, nós temos convicção de que seremos sim o candidato do MDB", afirmou.

Segundo Meirelles, pesquisa realizada com membros do MDB apontou que a maioria dos integrantes do partido defende uma candidatura própria na eleição de outubro. O ex-ministro deixou o comando da Fazenda em abril e filiou-se ao MDB para tentar viabilizar sua candidatura à Presidência.

"Eu acredito, portanto, que será uma decorrência natural o MDB ter candidato próprio, e nesses termos eu acredito que teremos grandes condições de sermos o candidato do MDB", disse Meirelles, que aparece com 1% das intenções de votos em pesquisa Datafolha realizada no mês passado.

O ex-ministro reconheceu que o partido está aberto a conversações com outros partidos, mas garantiu que no momento não há qualquer conversa objetiva.

Na segunda-feira, Temer disse que conversou com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, sobre a possibilidade de uma "candidatura única das forças governistas", e voltou a admitir que pode não ser candidato se houver um consenso de que o melhor nome desse campo seria outro.

Além disso, o pré-candidato tucano, Geraldo Alckmin, disse nesta terça-feira que abriu um canal de conversas com o MDB após um contato que teve na semana passada com Temer.

Meirelles também comentou a decisão do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa (PSB) de não concorrer à Presidência, apesar do bom desempenho na pesquisa Datafolha.

Segundo ele, a saída de Barbosa do páreo representa uma boa oportunidade de crescimento para a sua própria candidatura.

"Acho que teremos uma oportunidade grande de crescimento, porque uma boa parte daquelas pessoas que declaram intenção de voto no ex-presidente do Supremo Joaquim Barbosa o fazem por sua participação no julgamento do Supremo, sua posição firme em defesa da justiça", disse.

"Acho que esses eleitores estarão dispostos a votar em quem tem um passado, uma história de probidade, uma história de integridade pessoal, além de competência e seriedade."

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