Mensalão: ministro nega prisão domiciliar a João Paulo Cunha
Esta foi a primeira vez que um condenado do processo teve progressão de regime negada por Luís Roberto Barroso
Nesta segunda-feira, Luís Roberto Barroso, ministro responsável pelas ações do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal, negou pedido de prisão domiciliar a João Paulo Cunha. O ex-deputado foi preso em fevereiro deste ano condenado a 6 anos e 4 meses por peculato e corrupção passiva.
A defesa de Cunha pediu a progressão de regime alegando que ele já cumpriu um sexto da pena e que apresentou bom comportamento. Para Barroso, no entanto, o condenado ainda precisa "reparar o dano que causou", ou seja, devolver aos cofres públicos os R$ 536.440,55 que desviou.
A posição do ministro é a mesma do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que em novembro enviou ao STF um parecer contrário à concessão de regime aberto.
Esta foi a primeira vez que um condenado do mensalão teve progressão de regime negada pelo ministro. O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-tesoureiro Delúbio Soares e o ex-presidente do PT José Genoino, por exemplo, já deixaram o presídio.