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Política

Mentiu à CPI? E-mails mostram Amilton negociando vacinas

Depoente da comissão nesta terça-feira disse que nunca tratou da venda de imunizantes

3 ago 2021 - 17h06
(atualizado às 17h31)
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Durante resposta aos questionamentos da CPI, reverendo Amilton Gomes de Paula se emociona, chora e pede perdão
Durante resposta aos questionamentos da CPI, reverendo Amilton Gomes de Paula se emociona, chora e pede perdão
Foto: Jefferson Rudy / Agência Senado

Ouvido pela CPI da Covid nesta terça-feira, 3, o reverendo Amilton Gomes de Paula afirmou à comissão que nunca negociou vacinas, se apresentando apenas como um "facilitador" entre possíveis vendedores de imunizantes e o Ministério da Saúde.

E-mails obtidos pela CNN Brasil, entretanto, mostram o contrário. Em uma troca de mensagens no dia 25 de fevereiro, Amilton enviou informações sobre a vacina AstraZeneca e citou venda com "viés humanitário" para uma associação que representa 22 cidades do Acre, o Amac.

Em resposta, a Amac indicou que estaria interessada nas vacinas Janssen. A mensagem foi recebida por Renato Gabbi, da Senah (Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários), da qual o reverendo Amilton é o presidente.

Gabbi, então, encaminhou esse pedido para Cristiano Carvalho, representante da Davati Medical Supply no Brasil, e que já prestou depoimento à CPI da Covid. Cristiano informou que não possuía mais doses da Janssen, e voltou a oferecer o imunizante da AstraZeneca. A negociação, no entanto, não foi para frente, de acordo com a CNN Brasil.

Em seu depoimento à comissão no mês passado, Cristiano Carvalho citou o reverendo Amilton e disse que as tratativas da Davati com municípios eram feitos pela Senah.

Fonte: Redação Terra
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