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Política

Mercadante defende necessidade de reequilíbrio fiscal após votação na Câmara

25 jun 2015 - 14h38
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O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, defendeu nesta quinta-feira a necessidade de um reequilíbrio fiscal ao comentar a aprovação pela Câmara dos Deputados na véspera da ampliação das regras do reajuste do salário mínimo para todos os aposentados, o que contrariou o governo.

Ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, durante entrevista coletiva em Brasília. 24/03/2015
Ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, durante entrevista coletiva em Brasília. 24/03/2015
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

Em entrevista coletiva ao lado do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), e dos senadores Jorge Viana (PT-AC) e Romero Jucá (PMDB-RR), Mercadante disse ser necessário discutir a sustentabilidade da Previdência.

“Nós precisamos ter equilíbrio fiscal, nós precisamos reduzir uma parte dos 120 bilhões de reais que nós desoneramos”, disse Mercadante a jornalistas, descrevendo os esforços do governo, no passado, para “amortecer” os efeitos da crise internacional e da seca, que afetou a produção de energia e motivou o Executivo a aportar recursos no setor elétrico.

“Não há como sustentar essa estratégia”, disse ele.

Os senadores participaram de reunião com a presidente Dilma Rousseff, em que discutiram a necessidade de uma reforma política.

Os senadores --que já conversaram com integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF), do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e pretendem ainda conversar com entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e ex-presidentes da República-- pediram uma mobilização de todos os Poderes em favor da reformulação.

Eles apresentaram à presidente um cronograma de uma comissão no Senado que deve discutir o tema a partir da próxima semana e deve encerrar seus trabalhos ainda antes do recesso parlamentar, no dia 18 de julho.

Segundo Mercadante, a presidente reagiu com “entusiasmo” ao encontro com os senadores.

“A origem da crise está nas regras de democracia brasileira no que se refere às eleições. Por isso que a reforma [política é talvez a reforma mais estratégica do ponto de vista de superarmos essa recorrente agenda negativa que o país vive”, disse o ministro a jornalistas.

(Reportagem de Maria Carolina Marcello)

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