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Política

Militares suspeitam que cerco está se fechando para o general Paulo Sérgio Nogueira

Suspeita surgiu após o depoimento do general Freire Gomes, ex-comandante do Exército no governo Jair Bolsonaro, à PF sobre suposto golpe

5 mar 2024 - 12h33
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Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa
Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa
Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão

A cúpula militar suspeita que o cerco está se fechando para o general Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, e que ele possa vir a ser responsabilizado pelos atos de seus subordinados, segundo o blog de Lauro Jardim, no O Globo.

A suspeita surgiu após o depoimento do general Marco Antonio Freire Gomes, ex-comandante do Exército no governo Jair Bolsonaro. Na última sexta-feira, 1º, ele passou oito horas dando informações sobre o suposto esquema de golpe à Polícia Federal (PF)

Ainda conforme a publicação, além de ter sido rotulado de "cagão" por Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro, por não ter aceitado participar do golpe, Freira Gomes é chamado de "traidor" por ter decidido falar como testemunha no caso.

Segundo o blog, os militares temem que Freire Gomes complique não só a situação de Bolsonaro como a de Paulo Sérgio, que era o responsável direto pelas Forças Armadas na época.

Depoimento do general

O depoimento de Freire Gomes trouxe novas revelações sobre a tentativa de golpe. Segundo o general, Bolsonaro e Paulo Sérgio teriam apresentado dois documentos com a minuta dos atos golpistas. A ação de Jair Bolsonaro também foi confirmada às autoridades pelo brigadeiro Carlos de Almeida Batista Jr., de acordo com a jornalista Míriam Leitão, do jornal O Globo

Os depoimentos correspondem com a apreensão realizada pela PF no gabinete de Bolsonaro dentro da sede do Partido Liberal (PL). Durante a ação, a polícia encontrou a minuta citada por Freire Gomes, o que comprovaria a declaração dada pelo militar. 

Conforme relato do general, além de apresentar a minuta pessoalmente, Bolsonaro chamou o general Estevam Theophilo no Alvorada para mostrar o "firme propósito de implementar o que estava escrito". Theophilo é comandante do Coter, o comando das Operações Terrestres.

Às autoridades, Theophilo disse que foi à reunião no Palácio a mando de Freire Gomes. No entanto, Freire Gomes negou a informação para a PF, e disse que a ordem não partiu dele.

Fonte: Redação Terra
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