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Política

Ministério da Justiça e governo do DF firmam parceria na segurança para cerimônia de 8 de janeiro

Para evitar 'apagão geral' como do ano passado, governadora em exercício Celina Leão suspendeu férias de secretários

3 jan 2024 - 19h04
(atualizado às 19h06)
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O Ministério da Justiça e o Governo do Distrito Federal assinarão nesta quinta-feira, 4, uma parceria de coordenação do esquema de segurança para a cerimônia do próximo dia 8 de janeiro, que marca o primeiro ano dos atos antidemocráticos e ataques às sedes dos Três Poderes.

Previsto para ocorrer no Palácio do Buriti, em Brasília, às 10h, o encontro que firma a cooperação entre as duas instâncias contará com a presença do ministro da Justiça e Segurança Pública em exercício, Ricardo Cappelli, do secretário nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar, e da governadora do Distrito Federal em exercício, Celina Leão (PP).

Além disso, nesta reunião, a administração do DF receberá 20 viaturas e mais armamentos, drones e cartuchos, que são frutos do Plano de Ação na Segurança (PAS) e do Pronasci. O total de equipamentos fornecido ao Distrito Federal corresponde a um investimento de R$ 3,6 milhões.

Evitar 'apagão geral'

A fim de evitar um "apagão total" das autoridades, como no 8 de janeiro do ano passado, a governadora em exercício, Celina Leão (PP), suspendeu as férias do secretário de Estado de Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Torres Avelar. O descanso do chefe da pasta estadual estava previsto para terminar somente em 24 de janeiro.

O Secretário de Estado-Chefe de Casa Civil do Distrito Federal, Gustavo do Vale Rocha, também teve suspensos seus dias de descanso, que seriam entre 2 e 11 de janeiro.

Em 2023, não houve uma assistência das autoridades para a manutenção da ordem na Praça dos Três Poderes. O ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, antecipou suas férias para o dia 6 de janeiro, mesmo tendo recebido alertas por escrito de seus subordinados na pasta e, posteriormente, informações da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para o risco de violência nos atos em Brasília. Ele foi preso após retornar ao Brasil e só foi solto quatro meses depois. Em sua casa foi encontrada uma minuta golpista.

Já o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) não percebeu a gravidade da situação e tirou uma "soneca" enquanto manifestantes golpistas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro deste ano. No dia seguinte à tentativa golpista, Ibaneis foi afastado pela Justiça. Ele ficou 65 dias afastado do cargo de governador do DF e somente retornou ao posto após autorização do ministro Alexandre de Moraes, em 16 de março.

Estadão
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