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Política

Ministra vê DeepSeek como exemplo do potencial de desenvolvimento de IA brasileira

Para o governo, IA chinesa que chacoalhou o mercado de tecnologia ocidental prova que países emergentes podem competir no setor

29 jan 2025 - 16h30
(atualizado em 30/1/2025 às 10h03)
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O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) planeja desenvolver modelos de inteligência artificial no Brasil inspirados na chinesa DeepSeek, mas sem depender totalmente de soluções externas, segundo a ministra Luciana Santos. Apesar do entusiasmo com a iniciativa, a ministra é cotada para deixar o cargo e ser abrigada no Ministério das Mulheres em uma futura reforma ministerial.

"A gente quer desenvolver nossos próprios modelos. Mas é óbvio que a gente bebe na fonte daquilo que é mais avançado, até para ter agilidade no desenvolvimento", afirmou a ministra em entrevista à CNN Brasil.

Ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos.
Ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos.
Foto: Felipe Rau/Estadão / Estadão

A DeepSeek AI, startup chinesa sediada em Hangzhou, atraiu atenção do mercado ao lançar um modelo de IA mais barato e eficiente, que usa menos dados e consome menos poder computacional. O impacto foi imediato: na segunda-feira, 27, o aplicativo da empresa ultrapassou o ChatGPT em downloads na App Store, enquanto as ações da fabricante de chips norte-americana Nvidia caíram mais de 10%. A Microsoft investiga se grupo ligado à DeepSeek roubou dados da OpenAI para desenvolver seu próprio modelo.

Para Luciana Santos, a DeepSeek prova que países emergentes podem competir no setor mesmo sem os investimentos bilionários de potências como Estados Unidos. "O aspecto que considero mais importante é: há um debate de que o volume de investimentos necessário para competir em IA seria inalcançável para emergentes. A DeepSeek conseguiu, com menos recurso, ter a mesma resposta que ChatGPT e outras. Isso reforça a viabilidade do que planejamos", disse a ministra.

Segundo Luciana Santos, o Brasil tem vantagens para avançar na área, como oferta de energia limpa e acesso a água, ambos recursos fundamentais para processar grandes volumes de dados. O governo também aposta na capacidade instalada no País e na possibilidade de incentivos adequados para impulsionar o setor.

Em 2024, o MCTI anunciou um plano de investimento de R$ 23 bilhões em IA entre 2024 e 2028. Desse total, R$ 14 bilhões serão destinados a inovação empresarial e mais de R$ 5 bilhões serão aplicados em infraestrutura e desenvolvimento de IA.

Em entrevista ao Estadão/Broadcast, ministra estimou que o País levará ao menos dois anos para alcançar resultados em larga escala do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA). A partir de um sistema nacional de armazenamento de dados, ao qual denomina como "nuvem soberana", o objetivo é criar ferramentas para otimizar a gestão pública e garantir segurança a dados sensíveis.

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Estadão
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