Ministro da Defesa quer um militar para comandar GSI: "Não é hora de mudar"
Segundo Múcio, saída de Gonçalves Dias foi 'boa' para ele, já que general não estava 'confortável' após divulgação de imagens do 8/1
ENVIADA ESPECIAL A LISBOA - O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro da Silva, afirmou ao chegar a Portugal na manhã desta sexta-feira, 21, onde acompanha a visita oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que a interinidade de Ricardo Cappelli na chefia do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) deve durar pouco.
Ainda assim, Múcio negou que haja um nome já escolhido para o cargo, mas defendeu que "não é hora de mudar o perfil do comando", sugerindo a continuidade de um militar à frente da pasta. Civil, Capelli é homem de confiança do ministro da Justiça, Flávio Dino, e chefiou a Segurança em Brasília durante a intervenção federal decretada após os ataques de 8 de janeiro.
Sobre a saída do general Gonçalves Dias, que pediu afastamento do cargo de ministro do GSI após a divulgação de imagens em que aparecia junto com outros funcionários da pasta dentro do Palácio do Planalto durante os atos golpistas, Múcio disse que "foi bom para ele, não estava se sentindo confortável".
E acrescentou: "Desde o episódio do 8 de janeiro, ele não ficou à vontade. Ele não estava se sentindo bem. E agora com aquelas fitas, as coisas pioraram e ele resolveu sair".