Ministro fala em tentativa de golpe mais grave que Capitólio e que HDs foram levados do Planalto
De acordo com Pimenta, quadros de Di Cavalcanti e Portinari, além de um relógio que pertenceu a Dom João VI e a galeria de quadros dos ex-presidentes, foram destruídos pelos extremistas
BRASÍLIA - Entre os escombros deixados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Secretaria de Comunicação Social do governo, Paulo Pimenta, afirmou nesta segunda-feira, 9, que as invasões de ontem em Brasília foram uma tentativa fracassada de golpe de Estado pior que a invasão do Capitólio, ocorrida nos Estados Unidos há dois anos. "Aqui assistimos à invasão às sedes dos Três Poderes. Seria como a invasão da Casa Branca", disse o petista a jornalistas.
De acordo com Pimenta, quadros de Di Cavalcanti e Portinari, além de um relógio que pertenceu a Dom João VI e a galeria de quadros dos ex-presidentes, foram destruídos pelos extremistas. "Levaram HDs do Planalto. Parte das pessoas que estavam aqui agiu com inteligência, sabia o que estavam fazendo", afirmou o ministro. "Nada do que aconteceu aqui teria acontecido sem algum nível de facilitação", acrescentou. O governo federal viu omissão do Distrito Federal e interviu na segurança pública da unidade federativa.
Ao longo das revistas, foi encontrada uma granada na sede do Supremo Tribunal Federal, onde os manifestantes conseguiram invadir o gabinete da presidente da Corte, a ministra Rosa Weber. No Palácio do Planalto, esclareceu o chefe da Secom, o térreo e o segundo andar foram as áreas mais destruídas, mas o gabinete do presidente Lula não foi invadido.
Pimenta disse que os golpistas envolvidos serão responsabilizados, "sejam eles 50, 100 ou 200?, e que materiais orgânicos como sangue, urina e fezes, deixados pelos invasores, serão utilizados na identificação. "Não vamos permitir que terroristas façam o que estão fazendo", acrescentou o ministro.