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Política

Ministros de Lula saem em defesa de Genoino após petista defender boicote a 'empresas de judeus'

Luiz Marinho e Paulo Teixeira, ministros do Trabalho e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, respectivamente, afirmaram que ex-presidente do PT sofre 'perseguição' e é 'vítima' por defender causa palestina

27 jan 2024 - 19h05
(atualizado às 19h22)
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Luiz Marinho, ministro do Trabalho e Emprego
Luiz Marinho, ministro do Trabalho e Emprego
Foto: Reprodução/Marcelo Camargo/Agência Brasil

Dois ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva saíram em defesa do ex-deputado federal José Genoino em um evento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), neste sábado, 27, depois de o ex-presidente do PT afirmar que acha interessante a "ideia de boicote" a "determinadas empresas de judeus" e a "empresas vinculadas ao Estado de Israel". As declarações de Genoino foram classificadas como "antissemitas" pela Confederação Israelita do Brasil (Conib).

O primeiro a demonstrar apoio a Genoino foi Luiz Marinho, ministro do Trabalho, que afirmou ver "perseguição" por "defender a causa justa do povo palestino". Na sequência, o ex-prefeito de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, pediu para aplaudirem Genoino, o que foi feito. No momento, o ex-presidente petista se levantou da cadeira e agradeceu com punho erguido.

Próximo do fim do evento de 40 anos do MST, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, também se manifestou em favor de Genoino. "Eu quero aproveitar o momento para me somar ao esforço em torno da paz no Oriente Médio. Pelo fim da guerra contra o povo palestino. Me solidarizo ao Breno Altman (jornalista) e ao Genoino que estão sendo vítimas de ataque em função da defesa que fizeram para o povo palestino. Aquilo é cruel e vamos protestar de toda forma contra aquela crueldade", disse.

Genoino afastou-se da vida pública após ser condenado a quatro anos e oito meses por corrupção ativa no processo que ficou popularmente conhecido como "mensalão". Ele sempre negou o crime. Em 2015, a pena foi extinta pelo Supremo Tribunal Federal (STF), após o indulto concedido pela então presidente Dilma Rousseff.

As recentes declarações de Genoino sobre boicote a empresas de judeus ocorreu em uma transmissão ao vivo. No momento, o debate era sobre deixar de comprar na Magazine Luiza diante do apoio da empresária Luiza Trajano a um abaixo-assinado para o presidente Lula deixar de apoiar ação da África do Sul contra Israel por genocídio.

A Conib apresentou junto ao Ministério Público Federal (MPF) uma queixa-crime contra Genoino. Uma investigação pode ser aberta para apurar o caso. Opositores também entraram com representações contra o ex-presidente do PT. O deputado estadual Guto Zacarias (União-SP) apresentou uma notícia-crime ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP).

Estadão
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