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Política

Ministros do STF tentam convencer Bolsonaro a reconhecer derrota para Lula

Magistrados da Corte temem agravamento da situação e aderiram ao movimento para assegurar transição pacífica

1 nov 2022 - 12h42
(atualizado às 14h00)
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Mais de 24 horas depois de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proclamar o resultado da eleição de 2022, o presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda não se pronunciou.
Mais de 24 horas depois de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proclamar o resultado da eleição de 2022, o presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda não se pronunciou.
Foto: Wilton Junior / Estadão / Estadão

BRASÍLIA - Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) aderiram ao movimento de autoridades que tentam convencer o presidente Jair Bolsonaro (PL) a reconhecer logo a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Como mostrou o Estadão, militares e ministros do próprio governo já tinham deflagrado a articulação para evitar o agravamento da crise provocada por bloqueios em estradas de todo o País. Integrantes do STF que têm acesso ao Palácio do Planalto já conversaram por telefone com Bolsonaro, mas decidiram só se encontrar pessoalmente com ele após a admissão da derrota.

O presidente fez chegar aos magistrados que quer dizer a eles que o Brasil pode viver um caos se o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) enviar militantes para retirar barricadas e desbloquear estradas ocupadas por caminhoneiros. A informação de ação do MTST foi divulgada numa nota pelo próprio movimento.

Bolsonaro convidou ministros do Supremo para uma reunião no Alvorada. O Estadão apurou que a presidente do STF, Rosa Weber, e os ministros Gilmar Mendes e Luiz Fux mostraram disposição para o diálogo. Decidiram, porém, só atender ao convite depois que Bolsonaro reconhecer que perdeu as eleições para Lula.

Desde que foi derrotado nas urnas, no domingo, 30, o presidente está em silêncio, mas avalia fazer um pronunciamento ainda nesta terça-feira, 1.°. Bolsonaro acha que é vítima de "perseguição" por parte do Supremo e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em conversa com apoiadores, ele chegou a dizer que as decisões que obrigaram o transporte gratuito de eleitores, no dia do segundo turno, além das ordens para apagar conteúdos de seus seguidores durante a campanha, contribuíram para sua derrota.

Estadão
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