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Política

Moraes compara tese de que STF 'só condena velhinhas com a Bíblia na mão' ao terraplanismo

Ministro rebateu críticas quanto a competência do Supremo para julgar tema

25 mar 2025 - 15h33
(atualizado às 16h15)
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Alexandre de Moraes negou que o Supremo Tribunal Federal (STF) esteja condenando "velhinhas com a Bíblia na mão" pelos atos golpistas de 8 de janeiro. A fala do ministro ocorreu durante o julgamento da denúncia da trama golpista envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete aliados, na tarde desta terça-feira, 25. 

O ministro refutou a tese do julgamento de ‘velhinhas’ enquanto a Corte analisava a competência da 1ª Turma do STF questionada pelas defesas. Moraes comparou o argumento usado por Bolsonaro e aliados ao terraplanismo. 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, relator do caso no STF.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, relator do caso no STF.
Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão

“Eu aproveito aqui para desfazer uma narrativa totalmente inverídica, até um dos nobres advogados disse uma questão de terraplanismo, que aqui seria muito semelhante. Se criou uma narrativa, assim como a terra seria plana, de que Supremo Tribunal Federal estaria condenando ‘velhinha com bíblia na mão’, que estariam passeando num domingo ensolarado pelo Supremo Tribunal Federal, Congresso Nacional e pelo Palácio do Planalto. Nada mais mentiroso do que isso, seja porque ninguém lá estava passeando e as imagens demonstram isso, seja pelas condenações, que eu peço para colocar para facilitar”, declarou. 

Em seguida, Moraes apresentou um balanço das condenações envolvendo o fatídico episódio do 8 de janeiro, e destacou que das 497 ações penais que resultaram em condenações, 240 pessoas receberam penas de 1 ano, 102 a 14 anos, 58 a 16 anos e 6 meses, e 44 a penas superiores ou iguais a 17 anos de prisão.

Alexandre de Moraes pediu que dados sobre julgados fossem exibidos durante a sessão
Alexandre de Moraes pediu que dados sobre julgados fossem exibidos durante a sessão
Foto: Reprodução/TV Justiça

“Agora, o importante aqui: das 497 condenações, só 43 têm mais de 60 anos. Se nós pegarmos mais de 70 anos, que foram imagens utilizadas, são 7 condenações. Então, de 497 condenações, entre 70 e 75 anos, há 7 condenações, e de 60 a 69, 36 condenações. Ou seja, a grande maioria até 59 anos, 454 condenações”, explicou. 

Moraes nega que STF condenou ‘velhinhas com a bíblia na mão’ ao mostrar números dos atos de 8/1:

O ministro continua: “Essa narrativa que se criou, que se repete através de notícias fraudulentas, pelas redes sociais, fake news, de que são só mulheres e mulheres idosas, é totalmente mentirosa. Mulheres são 32% condenadas, homens quase 68% e como eu disse, somente sete pessoas condenadas com mais de 70 anos”, argumentou. 

Todos os ministros seguiram o voto do relator, Alexandre de Moraes, e negaram o pedido para levar julgamento ao plenário do STF.  

Julgamento

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal iniciou nesta semana o julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados pela tentativa de golpe de Estado em 2022. Além de Bolsonaro, fazem parte do grupo de denunciados: Alexandre Ramagem, Almir Garnier Santos, Anderson Torres, General Augusto Heleno, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Souza Braga Netto.

Caso a acusação seja aceita pelos cinco ministros que integram a primeira turma (Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin), será aberta uma ação penal e os denunciados passarão a réus no tribunal em Brasília. Pela primeira vez é analisada uma denúncia contra um ex-presidente por atentar contra a democracia.

Na primeira parte do julgamento, realizada na manhã desta terça-feira, 25, Moraes fez a leitura do relatório, a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou a acusação e as defesas apresentarem seus argumentos. 

Fonte: Redação Terra
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