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Política

Moraes diz que é 'terraplanismo' falar que STF só condenou velhinhas com 'Bíblia na mão'

Segundo relator do processo no Supremo, bolsonaristas tentam emplacar que inocentes foram condenados por estarem 'passeando em um dia ensolarado' de Brasília

25 mar 2025 - 15h33
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BRASÍLIA - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes afirmou que dizer que a Corte está condenando "velhinhas com Bíblia na mão" no 8 de Janeiro é semelhante ao "terraplanismo". A declaração do ministro se deu nesta terça-feira, 25, durante o julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Citando afirmações de advogados dos denunciados pela Procuradoria Geral da República, Moraes afirmou que bolsonaristas repercutem uma "narrativa" de que inocentes foram condenados pelo Supremo por estarem "passeando" na Praça dos Três Poderes. Segundo o ministro, as provas obtidas no inquérito que apura os atos golpistas de 8 de Janeiro atestam que os alvos da Justiça buscaram abolir o Estado Democrático de Direito.

"Eu aproveito aqui para desfazer uma narrativa totalmente inverídica. Se criou uma narrativa assim como a terra seria plana, de que o Supremo Tribunal Federal estaria condenando 'velhinhas com a Bíblia na mão', que estariam passeando em um domingo ensolarado pelo Supremo Tribunal Federal, pelo Congresso Nacional e pelo Palácio do Planalto. Nada mais mentiroso do que isso", afirmou Moraes.

Após rebater os advogados com as provas presentes nos inquéritos, Moraes mostrou um perfil etário dos condenados pelos atos golpistas. Gráficos expostos no telão da Primeira Turma do STF apontam que, das 497 pessoas condenadas pelos atos golpistas de 8 de Janeiro, 36 (7%) têm entre 60 e 69 anos e 7 (2%) têm mais de 70 anos. Os 454 restantes (91%) têm até 59 anos.

Os dados trazidos por Moraes mostram também que 14 dos 43 idosos condenados foram submetidos a penas de um ano. Segundo o ministro, estes tiveram as penas convertidas em serviços comunitários e medidas socioeducativas.

Dos 497 condenados, 337 (68%) são homens e 160 (32%) são mulheres.

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Estadão
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